quarta-feira, 26 de junho de 2013

Coluna da geral


"De erros em erros, descobre-se a verdade inteira".
Sigmund Freud
Andréa Marques
Remédio contra o bullying
Um exemplo de criatividade vem da periferia de São Paulo. Quando adolescente, a professora Deyse da Silva Sobrino media 1,72 metro e pesava 45 quilos. A garota alta e magra sofria quando era chamada pelos colegas de “pau de catar balão” e “vareta de bilhar”. Na época, o termo bullying ainda não existia, mas a prática de criar apelidos maldosos e agredir de forma física ou verbal já fazia parte do cotidiano das escolas. Atualmente, Deyse tem 60 anos e três formações: biologia, pedagogia e direito. Ela dá aulas há 42 anos e tenta passar aos seus alunos ensinamentos que vão além da informática que ministra na Escola Municipal de Ensino Fundamental José Bonifácio, localizada na zona leste da capital paulista. “Isso [o bullying] nunca me afetou. Eu estava bem comigo mesma. É isso que tento passar ao aluno, que se sinta bem com ele mesmo”. Diante de várias situações parecidas com a sua, Deyse decidiu tomar uma atitude contra o bullying em toda a escola. Ela distribuiu um questionário anônimo para uma parte dos estudantes (309 alunos) contendo perguntas como: você já sofreu bullying? Já praticou? Já viu alguém praticando? 70% dos alunos já presenciaram a prática, 44,5% já foram vítimas, 38,5% admitiram ter praticado bullying alguma vez na vida e 9,7% praticam constantemente. Para reverter essa situação, a professora criou um medicamento fictício com a ajuda dos alunos, chamado Sitocol. Sob o slogan “Tomou o Sitocol hoje?”, o remédio tem uma bula, escrita de forma coletiva entre os alunos. “Ele age no organismo produzindo consciência, modificando a maneira de agir das pessoas, o sentimento. Se usado em excesso, o Sitocol vai fazer rir muito e ter muita felicidade”, destacou a professora.
Homenagem a Ziraldo
O autor e cartunista Ziraldo será homenageado na 16.ª edição da Bienal do Livro Rio, evento que será realizado entre os dias 29 de agosto e 8 de setembro de 2013, no Rio de Janeiro. Em comunicado, a organização da Bienal do Livro afirmou que escolheu homenagear Ziraldo por ele estar “presente em todas as bienais aproximando a garotada do mundo dos livros”.
Horário de verão
A partir do dia 21, brasileiros que vivem nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste terão que adiantar seus relógios em uma hora. É o início do horário de verão, que vai até 17 de fevereiro de 2013. Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, durante a vigência do horário está prevista uma redução média de 5% no consumo no horário de pico.
Internet 4G
Em junho de 2013, quando a seleção de futebol estrear na Copa das Confederações, o Brasil entrará na era da internet móvel 4G. As operadoras de telefonia têm até abril para começar a vender o serviço, que, no início, será para poucos, não pelo preço, mas pela cobertura. Em sua estreia, o 4G estará disponível em, no máximo, 50% da área urbana das seis sedes do torneio (Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Salvador).
Lei de Cotas
Estudantes com financiamento concedido pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) a partir de 2010 terão um período diferenciado, neste semestre, para pedir a dilatação do prazo de utilização do contrato de crédito. O prazo excepcional para o segundo semestre de 2012 foi definido pela Resolução 6/2012, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), publicada na última quarta-feira, 10, no Diário Oficial da União (DOU).




Nota 10
Nota 0
A música está presente na vida de todos. Na adolescência, ela passa a ter uma importância maior ainda. Com essas observações, a professora Vânia Aparecida Silva Corrêa Pinto resolveu fisgar seus alunos pelo ouvido. A tarefa não foi simples, mas rendeu bons frutos, como o Prêmio Professores do Brasil. O projeto Brasileirinho começou em 2005, quando a professora de história e filosofia no Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, propôs estudar na escola as raízes populares da cultura brasileira.
Se depender dos estudantes de licenciatura em matemática e física da Universidade de São Paulo (USP), o déficit de professores dessas áreas no Ensino Básico tende a se agravar ainda mais. Metade deles afirmou não querer ou não saber se desejam seguir a carreira docente. A conclusão é de pesquisa da Faculdade de Educação da USP e foi realizada com ingressantes dos dois cursos e também dos bacharelados em Medicina e Pedagogia, todos da própria instituição, uma das mais prestigiadas do país.

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