segunda-feira, 24 de junho de 2013

MT - Professores quilombolas discutem práticas pedagógica específicas


Volney Albano / Seduc-MT
Formação para professores quilombolas
O aperfeiçoamento da prática pedagógica dos professores das Escolas Estaduais Quilombolas em relação ao ensino das disciplinas: prática cultura e artesanato, técnicas em agricultura e tecnologia social é o principal foco do curso que teve início nesta segunda-feira (24.06) e prossegue até a sexta-feira (28.06), em Cuiabá. O evento ocorre no Hotel Mato Grosso Palace e conta com a participação de 30 educadores das cinco unidades quilombolas do Estado. 
 A formação está dividida em três etapas e será conduzida pelo professor da Universidade de Brasília (UNB) e PhD em estudos raciais e geográficos, Rafael Sanzio. De acordo com a gerente de Diversidades da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Ângela Maria dos Santos, o professor também a partir da terça (25.06) deverá abordar a relação histórica entre Brasil e África e a influência africana na cultura brasileira.

Durante a semana os professores ainda irão estudar a lei 10.639/2003 que instituiu o ensino da história e cultura afro em todas as Escolas do país. A professora da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Lori de Jesus deu início aos trabalhos nesta segunda-feira enfocando a Constituição Federal, a Legislação Educacional Brasileira (LDB) 9394/2006, entre outros. O objetivo é subsidiar os cursistas sobre a trajetória e transformação da legislação educacional sobre a temática.

Participante da formação, a professora Rosa Betania da Escola Estadual Verena Leite de Brito de Vila Bela da Santíssima Trindade (531 km de Cuiabá), informa que deste 2005 a unidade trabalha para cumprir a lei 10.639 e implementar as políticas de educação para os estudantes quilombolas do município. Ela destaca que a cidade é reconhecida como quilombo urbano e possui a unidade, que conta com 1.600 alunos.

“Viemos em cinco professores para essa primeira etapa. Sempre participamos de formações com o objetivo de melhorar a qualidade da educação com as especificidades do ensino quilombola da nossa Escola”, disse. Betania ressalta ainda que pretende discutir no curso, mecanismos que contribuam para melhorar a integração curricular entre as disciplinas ofertadas na unidade. “A idéia é que todas as aulas sejam integradas à história e cultura africana”, finalizou.  

VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT

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