Atualmente, os questionamentos sobre a problemática do Ensino
Fundamental e Médio na Rede Pública do país vem se intensificando envolvendo
diretamente políticos, legisladores, empresários, família e principalmente
educadores. Não se trata de uma discussão nova, porém nestes últimos anos,
ganhou importância e relevância devido principalmente a repercussão negativa
através dos vários meios de comunicação.
Infelizmente, os dirigentes políticos (eleitos através do voto) se
alegram diante do crescimento anual do número de matrículas nas escolas
públicas mas, se abstém socialmente diante da fraca e inexperiente
escolarização deste público que a cada ano, reflete na falta de perspectiva
futura, baixa qualidade educacional, pífia formação de mão-de-obra no qual,
resultando hoje no cenário mundial, um país com bom desenvolvimento econômico
primário mas com uma instável e insegura continuidade na formação profissional
qualitativa.
Na atual realidade educacional brasileira, a proposta de uma
política centrada na recuperação do ensino fundamental e médio não só profissionalizante,
mas também educadora e formadora de opinião, não significa abandonar os
milhares de jovens forçados a entrarem cedo no mercado de trabalho todo ano,
pelo contrário, é sempre a oportunidade de lembrar que a iniciativa é muito
sensível e oportuna na atual realidade de mercado de trabalho hoje sugerido.
Ao Estado (Federação) compete supervisionar, controlar, valorizar
e legislar iniciativas de recuperação das várias esferas educacionais hoje
proposta no país (fundamental, médio e superior, educação de jovens e adultos,
etc), pois sua principal tarefa educacional é oferecer uma educação inovadora e
de grande qualidade intelectual universal. Afinal, se a sociedade política não
cuidar e priorizar a educação pública oferecida, a sociedade civil jamais dará
o valor necessário no que diz respeito a crescimento intelectual deste país.
Para conseguir este objetivo, o Estado precisa fiscalizar e
priorizar políticas públicas qualitativas de ensino e de formação de educadores
responsáveis. Por isso, é obrigação do Estado possibilitar ao aluno um Ensino
Fundamental e Médio rico em recursos didáticos onde se busque o aperfeiçoamento
e priorize o intelecto do aluno. A responsabilidade do Educador em realmente
fazer a diferença a cada dia no refinamento do conhecimento do aluno é a outra
ponta de uma educação futurista e qualitativa.
É extremamente importante lembrar que não devemos apenas
direcionar a responsabilidade ao poder público e aos educadores, o incentivo e
a “obrigatoriedade natural” de condução e acompanhamento do aluno pelo núcleo
familiar é fundamental para o desenvolvimento e aprimoramento do conhecimento e
intelecto do futuro profissional e principalmente cidadão formador de opinião e
caráter.
O Ensino “Fundamental e Médio” Público básico e qualitativo
proposto não é oneroso financeiramente. Oneroso serão os prejuízos causados
pela falta de capital cultural, social e econômico hoje exposto pela
desvalorização educacional apontado pelo poder público e julgado principalmente
por educadores e a sociedade brasileira.
Geógrafo, especialista em Geoprocessamento e Geografia Ambiental e
professor de Geografia da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná.
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