quarta-feira, 26 de junho de 2013

Ensino fundamental e médio: a receita pedagógica na formação do cidadão


Atualmente, os questionamentos sobre a problemática do Ensino Fundamental e Médio na Rede Pública do país vem se intensificando envolvendo diretamente políticos, legisladores, empresários, família e principalmente educadores. Não se trata de uma discussão nova, porém nestes últimos anos, ganhou importância e relevância devido principalmente a repercussão negativa através dos vários meios de comunicação.
Infelizmente, os dirigentes políticos (eleitos através do voto) se alegram diante do crescimento anual do número de matrículas nas escolas públicas mas, se abstém socialmente diante da fraca e inexperiente escolarização deste público que a cada ano, reflete na falta de perspectiva futura, baixa qualidade educacional, pífia formação de mão-de-obra no qual, resultando hoje no cenário mundial, um país com bom desenvolvimento econômico primário mas com uma instável e insegura continuidade na formação profissional qualitativa.
Na atual realidade educacional brasileira, a proposta de uma política centrada na recuperação do ensino fundamental e médio não só profissionalizante, mas também educadora e formadora de opinião, não significa abandonar os milhares de jovens forçados a entrarem cedo no mercado de trabalho todo ano, pelo contrário, é sempre a oportunidade de lembrar que a iniciativa é muito sensível e oportuna na atual realidade de mercado de trabalho hoje sugerido.
Ao Estado (Federação) compete supervisionar, controlar, valorizar e legislar iniciativas de recuperação das várias esferas educacionais hoje proposta no país (fundamental, médio e superior, educação de jovens e adultos, etc), pois sua principal tarefa educacional é oferecer uma educação inovadora e de grande qualidade intelectual universal. Afinal, se a sociedade política não cuidar e priorizar a educação pública oferecida, a sociedade civil jamais dará o valor necessário no que diz respeito a crescimento intelectual deste país.
Para conseguir este objetivo, o Estado precisa fiscalizar e priorizar políticas públicas qualitativas de ensino e de formação de educadores responsáveis. Por isso, é obrigação do Estado possibilitar ao aluno um Ensino Fundamental e Médio rico em recursos didáticos onde se busque o aperfeiçoamento e priorize o intelecto do aluno. A responsabilidade do Educador em realmente fazer a diferença a cada dia no refinamento do conhecimento do aluno é a outra ponta de uma educação futurista e qualitativa.
É extremamente importante lembrar que não devemos apenas direcionar a responsabilidade ao poder público e aos educadores, o incentivo e a “obrigatoriedade natural” de condução e acompanhamento do aluno pelo núcleo familiar é fundamental para o desenvolvimento e aprimoramento do conhecimento e intelecto do futuro profissional e principalmente cidadão formador de opinião e caráter.
O Ensino “Fundamental e Médio” Público básico e qualitativo proposto não é oneroso financeiramente. Oneroso serão os prejuízos causados pela falta de capital cultural, social e econômico hoje exposto pela desvalorização educacional apontado pelo poder público e julgado principalmente por educadores e a sociedade brasileira.

Geógrafo, especialista em Geoprocessamento e Geografia Ambiental e professor de Geografia da Rede Pública Estadual de Ensino do Paraná.

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