quarta-feira, 10 de novembro de 2010

História de MT

Onde está a nossa história?

Iza Aparecida Saliés



Sabe que até agora estou passada de ver como foi e está sendo a repercussão da morte do Governador Dr. Garcia Neto, por parte dos ilustres políticos, por que não dizer, também de muitos mato-grossenses.

É uma pena que isso esteja acontecendo, parece que poucos sabem quem foi Garcia Neto, ou não conhecem a história de Mato Grosso.

Acho que não precisa, neste momento descrever o currículo desse político que até hoje carrega sobre os ombros o legado da divisão do estado. Dr.Garcia Neto ao assumir a gestão do estado recebeu do Governo Federal a missão de preparar o povo para a divisão do estado, isso aconteceu nos idos de 1977.

Fiquei pasma ao saber que o velório do Dr. Garcia Neto ocorreu na Capela dos Jardins. Como pode um homem que ajudou a desenvolver o estado antes e depois de dividido, realizando grandes obras para Cuiabá e para a região, não recebeu honras de estadista, ficou deselegante para Mato Grosso, por que não dizer foi uma gafe.

Confesso que nós cuiabanos tínhamos receio da divisão do estado, mas no bojo dessa intenção, tinha um projeto de colonização do norte do estado, ainda assim, continuamos temerosos com a nova situação, tivemos que engolir a divisão, pois não havia retorno era uma proposta do Governo Federal e pronto.

E o respeito a nossa história onde esta? Dr. Garcia Neto, político companheiro, homem de não deixar correligionário na estrada, amigo fiel. Ao solicitar para ele um pedido político, seus companheiros de partido podiam esperar sem resposta a pessoa não ficava, mesmo que não fosse naquele momento, depois você recebia o comunicado em sua residência, e na maioria das vezes, era positiva.

Professor Eduardo de Brito Ferreira da UDN de Rosário Oeste, já falecido, companheiro de Dr. Garcia Neto de partido, acompanhou sua trajetória política, era defensor ferrenho dele na cidade, juntos discutiam as estratégias políticas para o município, ao tomar o saudoso cafezinho, tomado escondido na porta do quintal da sua casa.

Sou admiradores da sua postura política, era homem público de palavra, de fidelidade partidária, de ideologia, a política para ele estava no sangue, nos gestos, na postura como ser humano, no sentimento, no simples aperto de mão, e no respeito aos seus companheiros de trajetória política.

Ainda bem que fiz parte dessa história, que não sabemos onde está.

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