quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Sem sal e sem graça.

Iza Aparecida Saliés

Tive uma grande surpresa ao assisti a minissérie Dalva e Herivelto, da rede globo, depois do segundo capítulo percebi que não vivenciaria grandes emoções, pois faltou enredo e beleza. Percebi também, que a obra estava empobrecida de texto e contexto significativos sobre a história dos protagonistas.

A obra da autora estava centrada em situações comportamentais, a cenas foram direcionadas para o cotidiano da vida deles, sem aprofundar nos tramas que pareciam conquistas, sucesso. As cenas de brigas, discussões, gritos e agressões foram a tônica da minissérie.

Ao expor a vida profana e tumultuosa dos atores principais, a autora deixou de explorar o lado profissional deles, as conquistas, as lutas para cantar na Rádio Nacional. Pouco se sabe sobre trajetória de sucesso que eles tiveram e como isso repercutiu e ainda repercute para a história da música brasileira.

As composições musicais não foram exploradas pela autora, ou seja, como foi escrita? Em que momento da vida deles, elas surgiram? E o trio? Seu sucesso? Vejo que houve fragilidade quanto ao aspecto histórico do trio e a contribuição do grupo para a música brasileira da época e de agora.

As cenas foram mornas, pouco instigantes e provocativas, ficaram na superficialidade do texto, sem aprofundar na realidade dos fatos, parece até que não podia expor mais sobre o assunto.

Confesso que assisti pálidas cenas de conflito, urgias, empobrecidas no seu texto e contexto, não despertando o encantamento esperado.

Esperei por muito, e acabei assistindo uma trama sem sal e sem graça.

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