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A Academia Brasileira de Letras (ABL) divulgou nota na qual discorda da posição do Ministério da Educação (MEC) quanto ao livro com erros gramaticais distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático, do próprio MEC, a 484.195 jovens e adultos em 4.236 escolas.
A ABL diz que “estranha certas posições teóricas dos autores de livros que chegam às mãos de alunos dos cursos Fundamental e Médio com a chancela do Ministério da Educação”: “O manual que o Ministério levou às nossas escolas não o ajudará no empenho pela melhoria a que o Ministro tão justamente aspira”.
Na obra ‘Por uma vida melhor’, da coleção ‘Viver, aprender’, a professora Heloísa Ramos defende uma suposta supremacia da linguagem oral sobre a linguagem escrita, admitindo a troca dos conceitos “certo e errado” por “adequado ou inadequado”. A autora afirma num trecho: “Posso falar ‘os livro?’ Claro que pode, mas dependendo da situação, a pessoa pode ser vítima de preconceito linguístico”. Em outro, cita como válidas as frases: “nós pega o peixe” e “os menino pega o peixe”.
Em nota, o MEC disse ontem que “o reconhecimento da variação linguística é condição necessária para que os professores compreendam seu papel de formar cidadãos capazes de usar a língua com flexibilidade, de acordo com as exigências da vida e da sociedade”. O Ministério pondera ainda que a escola “deve propiciar aos alunos ambiente acolhedor no qual variedades linguísticas sejam valorizadas e respeitadas”: “Cabe à escola o papel de criar situações de aprendizagens que possibilitem aos estudantes utilizar diversas variedades linguísticas”. A autora do livro também ponderou que o professor é capaz de ensinar qual linguagem é adequada em diferentes situações.
Fonte: http://noticias.terra.com.br
quinta-feira, 19 de maio de 2011
ABL critica livro distribuído pelo MEC que defende erro
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