Da Redação - DP
Um relatório entregue nesta terça-feira (17) ao presidente da Câmara Municipal de Rondonópolis aponta que a rede municipal de ensino da cidade enfrenta sérias dificuldades, com falta até mesmo de materiais básicos. Segundo o levantamento, as aulas só foram mantidas até hoje devido ao empenho e sacrifício dos diretores.
Os problemas foram apontados pela Comissão Legislativa de Educação, presidida pelo vereador Reginaldo Santos (PPS), e representantes da Associação de Diretores das Escolas Municipais de Rondonópolis (Adesmur).
De acordo com os dados apresentados, desde o início do ano creches e escolas municipais sofrem com a falta de produtos de higiene e limpeza, materiais didáticos e serviços administrativos. A falta de gestão por parte do Poder Executivo foi apontada como um dos principais problemas.
O vereador Reginaldo argumentou que o problema consiste na demora das licitações, o que compromete a funcionalidade das atividades nas escolas. Outro problema apresentado foi a falta de integração entre equipes da administração municipal. “Nesses 60 dias em que nos reunimos e levantamos tudo o que foi apresentado, percebemos que uma secretaria atribui à outra a responsabilidade do problema, e ninguém resolve nada”, explica.
Segundo relatos dos representantes da Adesmur, em alguns casos, os diretores sacrificam parte do salário para comprar produtos ou do tempo para buscar itens no almoxarifado municipal. “Os diretores passam mais tempo indo e vindo do almoxarifado do que desempenhando suas funções pedagógicas”, pontuou Sueli Bonfim, membro da Associação.
Um dos casos citado na reunião foi a da creche do Bairro Vila Rica. Conforme a diretora da Unidade, Elenice Moura, há 60 dias falta detergente e desde janeiro o local é atendido por caminhões pipas, pois não há água nas torneiras da creche. “Quando não recebemos água e os alunos são dispensados os pais ficam estressados e querem solução. Temos que tirar dinheiro do bolso para que a creche não feche e deixe na mão mais de 140 crianças”, relatou.
Diante dos fatos, o presidente da Câmara propôs que fosse agendada uma audiência com o prefeito José Carlos Junqueira de Araújo (PMDB), para que sejam apresentadas soluções, em razão da gravidade dos problemas contidos no relatório. “Se não resolvermos esses problemas não haverá mais educação. Vimos que os secretários não têm autonomia para resolver, então, vamos ao chefe do Executivo, o prefeito, para resolvermos essa situação”. Com informações da assessoria da Câmara Municipal.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
MT- Situação alarmante na rede municipal é destacada
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