Fiquei 40 anos sem estudar. Nesse período me sentia incapaz. Pensava que nunca poderia realizar operações matemáticas, participar de seminários e eventos como este”. Essa fala é do agente comunitário de saúde, José Ferreira Flor, 57, que desde 2007 cursa a Educação de Jovens e Adultos (EJA), na Escola Estadual José Mendes Martins, localizada no bairro Jardim Maringá I, em Várzea Grande.
O estudante foi um dos mais de 200 participantes do dia da EJA que ocorreu na sexta-feira (26.08), no Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), Antônio Cesário Neto, em Cuiabá. O evento reuniu alunos, professores e gestores e contou com exposições e atividades culturais de 48 escolas que trabalham com essa modalidade de ensino, entre elas os 24 CEJAs.
José Flor conta que deixou de estudar porque não pôde conciliar os estudos com o trabalho. “Nasci na cidade de Peçanha em Minas Gerais e estudei até a quarta série primária. Ainda adolescente fiquei órfão de mãe e como não conhecia meu pai fui morar com amigos da família. Tinha que trabalhar para ajudar em casa e não tinha tempo para estudar”, lembrou.
Ele cita que após alguns anos conheceu seu pai biológico e vieram morar na zona rural de Mato Grosso. “Chegamos aqui no final da década de 60 e mais uma vez não pude estudar porque fui trabalhar como vaqueiro. Já adulto me mudei para Cuiabá onde me casei e tive quatro filhos. Senti a necessidade de voltar a estudar, quando passei no teste para agente de saúde. A prova foi fácil, como sabia ler e escrever eu consegui ser aprovado, porém enfrentei muitas dificuldades na profissão, porque não tinha estudo nenhum”, disse.
Contando com o incentivo da esposa e dos filhos, José Flor se matriculou no ensino fundamental da EJA, na Escola José Martins de onde disse que pretende sair somente após concluir o ensino médio, isso em 2013. “O senhor José é um dos nossos melhores alunos”, disse a professora de Língua Estrangeira da Escola, Maria Cândida. Segundo Maria, ele ingressou este ano no ensino médio após ter concluído todo o educação fundamental. “Nesse período foi reclassificado duas vezes (avançou de turma) pela facilidade em obter conhecimento e colocá-los em prática”, elogiou.
“A EJA mudou minha vida, hoje tenho mais confiança em mim mesmo e sei que sou capaz de desenvolver qualquer atividade porque tenho estudo”, concluiu o aluno. Entre as ações desenvolvidas por José Flor e por sua turma de EJA, está um trabalho de pesquisa sobre a Lei federal 10.639 que trata da obrigatoriedade do ensino da história da África e da Cultura Afro-Brasileira, nas Escolas de educação básica. O projeto está entre os diversos, que foram expostos pelos CEJAs e escolas de EJA que participaram do evento.
O estudante foi um dos mais de 200 participantes do dia da EJA que ocorreu na sexta-feira (26.08), no Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), Antônio Cesário Neto, em Cuiabá. O evento reuniu alunos, professores e gestores e contou com exposições e atividades culturais de 48 escolas que trabalham com essa modalidade de ensino, entre elas os 24 CEJAs.
José Flor conta que deixou de estudar porque não pôde conciliar os estudos com o trabalho. “Nasci na cidade de Peçanha em Minas Gerais e estudei até a quarta série primária. Ainda adolescente fiquei órfão de mãe e como não conhecia meu pai fui morar com amigos da família. Tinha que trabalhar para ajudar em casa e não tinha tempo para estudar”, lembrou.
Ele cita que após alguns anos conheceu seu pai biológico e vieram morar na zona rural de Mato Grosso. “Chegamos aqui no final da década de 60 e mais uma vez não pude estudar porque fui trabalhar como vaqueiro. Já adulto me mudei para Cuiabá onde me casei e tive quatro filhos. Senti a necessidade de voltar a estudar, quando passei no teste para agente de saúde. A prova foi fácil, como sabia ler e escrever eu consegui ser aprovado, porém enfrentei muitas dificuldades na profissão, porque não tinha estudo nenhum”, disse.
Contando com o incentivo da esposa e dos filhos, José Flor se matriculou no ensino fundamental da EJA, na Escola José Martins de onde disse que pretende sair somente após concluir o ensino médio, isso em 2013. “O senhor José é um dos nossos melhores alunos”, disse a professora de Língua Estrangeira da Escola, Maria Cândida. Segundo Maria, ele ingressou este ano no ensino médio após ter concluído todo o educação fundamental. “Nesse período foi reclassificado duas vezes (avançou de turma) pela facilidade em obter conhecimento e colocá-los em prática”, elogiou.
“A EJA mudou minha vida, hoje tenho mais confiança em mim mesmo e sei que sou capaz de desenvolver qualquer atividade porque tenho estudo”, concluiu o aluno. Entre as ações desenvolvidas por José Flor e por sua turma de EJA, está um trabalho de pesquisa sobre a Lei federal 10.639 que trata da obrigatoriedade do ensino da história da África e da Cultura Afro-Brasileira, nas Escolas de educação básica. O projeto está entre os diversos, que foram expostos pelos CEJAs e escolas de EJA que participaram do evento.
Mais trabalhos
Os representantes do CEJA, Creuslhi de Souza Ramos do município de Confresa (1.000 km de Cuiabá) trouxeram para o evento duas pesquisas realizadas pelos alunos, no município. A estudante Maria Pereira Carneiro, 32, informou que o primeiro levantamento foi sobre a ocupação do território de Confresa.
“Decidimos fazer essa pesquisa, após estudarmos os períodos migratórios nas aulas de geografia e história. Para focarmos os dados fizemos um levantamento qualitativo com 12 estudantes para sabermos como eles se deslocam para chegar até a escola. Observamos que a maioria mora na zona rural e que o transporte escolar é fundamental para que eles possam freqüentar as aulas”, contou. Maria ainda informou que o segundo levantamento foi sobre Educação para o Trânsito.
Para os estudantes do CEJA Almira Amorim, em Cuiabá, é possível tomar banho com água quente em épocas frias, sem a necessidade de se consumir energia elétrica. Isso porque eles construíram um mecanismo que permite o aquecimento da água com a luz solar. Coordenador do experimento e professor de Biologia da unidade, Sebastião Ribeiro foi o responsável pela apresentação do experimento, que é composto por caixa d’água, canos e placas de PVC.
“Os alunos montaram esse experimento em três aulas. A idéia surgiu como um desafio nas aulas práticas de oficina. Então eles procuraram algo parecido na internet que pudessem ajudá-los na montagem do equipamento. Aqui temos noções de física relacionada a gravidade e a convecção”, explicou.
Mato Grosso
Ao todo 100.798 mil alunos de Mato Grosso estão matriculados na EJA. Além dos 24 Centros que são unidades exclusivas para oferta dessa modalidade de ensino, o Estado possui um total de 271 escolas que possuem turmas com a EJA.
Na EJA existem as seguintes facetas de ensino: quilombola (campo e cidade), especial (alunos com deficiência), campo, urbano, indígena e educação no sistema prisional.
VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT
Os representantes do CEJA, Creuslhi de Souza Ramos do município de Confresa (1.000 km de Cuiabá) trouxeram para o evento duas pesquisas realizadas pelos alunos, no município. A estudante Maria Pereira Carneiro, 32, informou que o primeiro levantamento foi sobre a ocupação do território de Confresa.
“Decidimos fazer essa pesquisa, após estudarmos os períodos migratórios nas aulas de geografia e história. Para focarmos os dados fizemos um levantamento qualitativo com 12 estudantes para sabermos como eles se deslocam para chegar até a escola. Observamos que a maioria mora na zona rural e que o transporte escolar é fundamental para que eles possam freqüentar as aulas”, contou. Maria ainda informou que o segundo levantamento foi sobre Educação para o Trânsito.
Para os estudantes do CEJA Almira Amorim, em Cuiabá, é possível tomar banho com água quente em épocas frias, sem a necessidade de se consumir energia elétrica. Isso porque eles construíram um mecanismo que permite o aquecimento da água com a luz solar. Coordenador do experimento e professor de Biologia da unidade, Sebastião Ribeiro foi o responsável pela apresentação do experimento, que é composto por caixa d’água, canos e placas de PVC.
“Os alunos montaram esse experimento em três aulas. A idéia surgiu como um desafio nas aulas práticas de oficina. Então eles procuraram algo parecido na internet que pudessem ajudá-los na montagem do equipamento. Aqui temos noções de física relacionada a gravidade e a convecção”, explicou.
Mato Grosso
Ao todo 100.798 mil alunos de Mato Grosso estão matriculados na EJA. Além dos 24 Centros que são unidades exclusivas para oferta dessa modalidade de ensino, o Estado possui um total de 271 escolas que possuem turmas com a EJA.
Na EJA existem as seguintes facetas de ensino: quilombola (campo e cidade), especial (alunos com deficiência), campo, urbano, indígena e educação no sistema prisional.
VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT
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