Inscrições para Exame Supletivo on-line começam na segunda
Redação com Assessoria
A partir de 14 de março os interessados em realizar a prova do Exame Supletivo 2011 poderão acessar o sistema para o procedimento na página da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), o http://www.seduc.mt.gov.br. Pela primeira vez em Mato Grosso a inscrição e agendamento das provas serão realizadas pela internet e com mediação tecnológica. No último exame ofertado, no ano de 2009, mais de 140 mil pessoas foram beneficiadas.
De acordo com o gerente de organização dos Exames Supletivos, Antônio Marcos Passos de Mattos, as provas poderão ser realizadas em 22, dos 24 Centros de Educação de Jovens e Adultos (Cejas) do Estado. Apenas as unidades Ariosto da Riva (na cidade de Alta Floresta) e Vera Pereira (em Cuiabá, no bairro Grande Terceiro) não irão ofertar as provas, em decorrência de questões de infraestrutura que impediram o desenvolvimento de rede lógica. Quem estiver na região de Alta Floresta terá de fazer o agendamento para uma cidade vizinha.
Pelo sistema o interessado terá acesso à listagem com os nomes dos locais onde as provas serão ofertadas e ele poderá optar seguindo a opção que melhor atender as suas especificidades.
Antônio Marcos explica que as discussões para a implantação do Exame Supletivo Online acontecem desde 2009. Profissionais da Seduc visitaram a cidade de Manaus (AM) para conhecer a aplicabilidade do sistema que é utilizado no Estado. De posse dessas informações a Gerência de Jovens e Adultos, que é ligada à Superintendência de Diversidades (Sude), em parceria com a Coordenadoria de Tecnologia (COT), desenvolveram o projeto adequado a realidade matogrossense.
Nesse primeiro momento, explica Antônio Marcos, as provas só poderão ser agendadas após o período de 25 de abril para os Cejas instalados em Cuiabá e Várzea Grande. Outras nove unidades de Ceja (que ainda serão previamente definidas) irão ofertar as provas a partir de 2 de maio de 2011. E outras nove (a serem também selecionadas) a partir de 9 de maio de 2011. A decisão de escolha para datas deve-se ao fato de que o projeto é pioneiro no Estado e visa à melhor organização do processo. Até a data de 14 de março o Edital com critérios e todo detalhamento do Exame Supletivo serão publicado em Diário Oficial do Estado.
As provas serão realizadas em laboratórios contendo 11 máquinas, sendo que uma delas estará adaptada com uma tela touchscreen (semelhante às empregadas nos terminais eletrônicos que é sensível ao toque) que permite ao usuário que não possua afinidade com manuseio de equipamentos eletrônicos a realização do exame. O período de realização será de 50 minutos para cada disciplina e de 60 minutos por área de conhecimento (Linguagem, Ciências da Natureza e Ciências Humanas).
A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso investiu também na aquisição de câmeras de segurança, webcam, e leitores biométricos para que toda a lisura do processo de realização das provas seja garantido. Para garantir o atendimento e a democratização da educação.
Antônio Marcos lembra que é fundamental que todo candidato se apresente para a data de realização da prova munido de documento com foto. O interessado também irá passar pelo leitor biométrico que vai registrar a impressão digital do candidato.
VIRTUAL REAL
MT terá 1º Encontro de Blogueiros
Adriana Nascimento - Da redação
12/03/2011 09:15 Atualizado em 12/03/2011 10:14
Os blogs são umas das mais democráticas ferramentas de expressão do século 21. Milhares são criados a cada dia e eles estão sendo vistos por empresas que querem divulgar ou saber a opinião da sociedade sobre seus produtos. Portanto, nada mais justo que o mercado seja equilibrado e todos possam desfrutar das vantagens dessa mídia. Para tal acontece entre 8 e 9 de abril o primeiro Encontro de Blogueiros de Mato Grosso. O local será a Escola de Contas do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso.
A programação será a seguinte: 8/04 - 19 às 21h - Palestra aberta ao público - um debate com os mediadores professores universitários - Haya Dalla Bel e Alváro Marinho; também os blogueiros: Sandra Carvalho e Karina Nogueira falam sobre os objetivos e a dinâmica do encontro. Em seguida haverá um Sarau.
No dia 9 a programação começà às 8h com o credenciamento e Café da Manhã. Das 9 às 11h será discutido "O papel da internet e os desafios da internet", com Paulo Henrique Amorim e sobre "Como financiar a blogosfera", com Geórgia Pinheiro (do blog Conversa Afiada).
Das 13 às 15h os assuntos serão: "Mídias Sociais e populares", “Uso dos Blogs - ferramentas de mídias" e o "Papel dos blogs, jornais e sites e das redes sociais na cobertura e mobilização política". Logo depois, das 15 às 17h ocorre uma mesa-redonda para troca de experiências.
Os interessados em participar devem se inscrever da seguinte forma: efetuar o depósito de R$ 15,00 (R$ 10,00 para estudantes de Comunicação), referente à taxa de inscrição, na conta de Gonçalves e Neponuceno - Ltda-ME (Banco do Brasil, Agência 2764-2, Conta Corrente 52608-8). Depois deve encaminhar o comprovante do depósito para o e-mail vgnewsmt@gmail.com ou ligar para o fax (65) 3682-0585, aos cuidados de Elisangela Neponuceno informando também seus dados (nome ou nicknane, e-mail, endereço de blog, Twitter ou outra rede social, telefone, cidade e estado).
Se o pedido de inscrição não for confirmado em até dois dias, entre em contato com Elisangela Neponuceno (65) 8414-2826 e 8414-2826. A comissão organizadora está na busca por patrocínios para garantir a gratuidade da hospedagem. Está em contato com várias instituições e empresas . Dependendo dos recursos levantados, o Encontro também arcará com as despesas de refeições e parte das passagens para os blogueiros de outros municipios.
A prestação de contas do evento pode ser acompanhado pelos blogueiros online.
UFMT recepciona calouros nesta segunda tentando evitar
"trotes"
Tudo pronto para a recepção dos novos alunos da Universidade Federal de Mato
Grosso (UFMT) na próxima segunda-feira (14). Para o pró-reitor de Cultura,
Extensão e Vivência, Fabrício Carvalho, esse é um momento de comemoração e de o
calouro e sua família conhecerem a universidade. A exemplo dos dois últimos
anos, as ações serão descentralizadas, conforme prevê a Resolução nº 018, de 15
de dezembro de 2005, do Conselho Universitário (Consuni), que proíbe o trote em
todos os campi e estabelece que cada unidade acadêmica deve organizar um Comitê
de Recepção aos Calouros, composto pelo coordenador do curso de graduação, chefe
de departamento e representantes do Centro Acadêmico (CA).
A Pró-reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev) apoia as ações
articuladas com os institutos, faculdades e Centros Acadêmicos (CAs). Além desse
trabalho, a Procev prepara uma programação especial para receber os estudantes
na primeira semana do ano letivo. No dia 16 de março, às 20h30, será aberto o
projeto “Inventário Documental do Patrimônio Imaterial Mato-Grossense”, no Museu
de Arte e de Cultura Popular (MACP) da UFMT. Haverá exposição, ciclo de
palestras e filmes.
No dia 27 de março, às 20 horas, no Teatro Universitário, será realizado
concerto da Orquestra Sinfônica da UFMT. O concerto do Coral UFMT será no dia 31
de março, às 19 horas, no Centro Cultural.
Neste mês também haverá exibições de filmes do Cineclube Coxiponés. E o
Hemocentro realizará campanha de doação de sangue, como vem ocorrendo nos
últimos anos.
Para abrigar bem calouros e veteranos, na próxima segunda-feira (14), serão
abertas as inscrições para os programas de assistência estudantil como bolsa
permanência, auxílio alimentação, auxílio moradia e Casa do Estudante.
Fabrício Carvalho considera importante que os novos alunos não se sujeitem
aos trotes violentos e procurem participar das atividades oficiais das
faculdades e institutos. Ele destaca o papel das direções de institutos e
faculdade, das coordenações de cursos e dos estudantes a fim de que cada área
ofereça uma programação acadêmico-cultural, social, ambiental, de acordo com a
característica de cada área e curso, de forma a fazer face às possíveis ações
violentas.
O pró-reitor adverte que, além da prevenção, a UFMT dispõe de serviço de
segurança que está preparado para atender às denúncias de ações de violência
para coibir e responsabilizar os autores desses atos. De acordo com a Resolução
18, “entende-se por trote as ações que causem, a quem quer que seja, coação ou
agressão física, moral, psicológica ou qualquer outra forma de constrangimento,
assim como os atos que resultem em danos ao patrimônio público e à propriedade
privada, cujas penas encontram-se previstas no Regimento de Disciplina do Corpo
Discente da UFMT”. O Regimento veda ao estudante “praticar o trote na
Universidade Federal de Mato Grosso” e prevê que as sanções disciplinares serão,
considerando a natureza da infração e os antecedentes do discente, de
advertência; repreensão; suspensão e exclusão. Nenhuma sanção é aplicada sem o
devido processo legal, assegurado amplo direito de defesa.
No ano passado, foi aprovada a Lei 9.325, de autoria do deputado Wagner
Ramos, que dispõe sobre a proibição de trote estudantil aos alunos calouros de
escolas superiores e universidades do Estado de Mato Grosso. Sancionada pelo
governador Silval Barbosa, a lei 9.325 entrou em vigor no dia 17 de março de
2010.
VOORWALD: PROGRESSÃO É REDISCUTIDA, MAS NÃO SERÁ EXTINTA
Ribeirão Preto - O secretário estadual da Educação de São Paulo, Herman Voorwald, disse hoje, em Ribeirão Preto, que a extinção da progressão continuada na rede está totalmente descartada. "Essa é a grande questão-chave, que a própria rede coloca, não no sentido de eliminá-la, mas de rediscuti-la sob a ótica de torná-la eficiente e viabilizar que os estudantes saiam efetivamente alfabetizados e com o conteúdo aprendido durante a sua formação", disse.
Segundo ele, são discutidas ainda com os profissionais da educação propostas de mudanças do atual ciclo de avaliação do ensino fundamental, uma nova política salarial e o Ensino Médio Integrado (aumentaria de três para quatro anos, dando ao estudante a possibilidade de optar por um curso técnico profissionalizante simultâneo).
Voorwald e seu secretário-adjunto João Cardoso Palma Filho participaram hoje na cidade do interior paulista da sexta reunião com professores e profissionais da rede de ensino do Estado, debatendo as propostas de reorganização da educação. Ao todo, eles farão o encontro nos 15 pólos do Estado, dialogando com a categoria, formada por cerca de 5,3 mil escolas.
Voorwald informou que a secretaria preparou um documento, intitulado 'Por Uma Educação de Qualidade', passado às escolas, que respondem sobre a progressão continuada. A meta não é encerrar o que está acontecendo, mas construir a nova proposta. A secretaria propõe a mudança dos atuais dois ciclos de avaliação, que é de 5 e 4 anos (na prática, no quinto e no nono ano), para um de três, ou seja, 3, 2 e 4 anos. "Nossa proposta é consolidada na garantia da recuperação logo", avisa o secretário.
Porém, nas reuniões de trabalho dos polos, surgiu outra alternativa: um quarto ciclo de avaliação (3, 2, 2 e 2). "Qualquer que seja o número de ciclos, o mais importante é que o estudante aprenda", disse Voorwald, citando que nenhum pólo falou em extinção, mas em melhoria da progressão continuada. A definição só valerá a partir de 2012.
UOL
NOVO SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO QUER AVALIAÇÃO SEMESTRAL DE ALUNOS
Rafael Targino
Em São Paulo
O novo secretário de Educação de São Paulo, Herman Voorwald, disse nesta quarta-feira (5) que pretende implantar uma avaliação semestral dos alunos da rede pública estadual. Segundo ele, o estudante entraria em uma espécie de "recuperação" caso não conseguisse um bom resultado.
A avaliação não seria um novo Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento do Estado de São Paulo), de acordo com o secretário - já que a nova prova avaliaria o aluno e não a rede como um todo.
A ideia é que a avaliação comece a ser aplicada em 2012, junto com os novos ciclos da progressão continuada. Pela proposta, ao invés de ter somente duas "oportunidades" de ser reprovado ao longo do fundamental, o estudante teria três.
Voorwald disse também que o termo "progressão continuada" será "abolido" da secretaria e modificado para "reorganização do ensino fundamental de nove anos". Tanto a prova quanto a "reorganização" devem ser levados para a aprovação do governador Geraldo Alckmin (PSDB) nas próximas semanas.
Bônus
O novo secretário tomou posse nesta quarta prometendo políticas de valorização do professor. "Não consigo entender um comprometimento de uma comunidade sem que haja reconhecimento do comprometimento", disse.
Ao ser questionado sobre possíveis modificações no bônus por mérito para docentes da rede, Voorwald desconversou e disse que pretende "discutir com a comunidade" o tema.
APESAR DE AVANÇOS NA LEGISLAÇÃO, CARREIRA DE PROFESSOR AINDA É POUCO VALORIZADA
Da Redação*
Em São Paulo
Apesar de a carreira docente ter conquistado avanços nos oito anos do governo Lula (2003-2010) – com as leis que determinam um piso salarial, a criação de planos de carreira e a instituição da estrutura de um sistema nacional de formação inicial – isso não foi suficiente para uma real valorização do docente, segundo pesquisadores do Observatório da Educação. “Ainda não saímos do papel”, avalia Heleno Araújo Filho, diretor de assuntos educacionais da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).
A lei 11.738, sancionada em julho de 2008, estabelece o piso salarial para professores em todo o país. No entanto, ainda não é cumprida por vários Estados e municípios. O valor total da remuneração, somado às gratificações, deve alcançar R$ 1.024. Embora esteja em vigor, a lei aguarda julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal), após questionamento de quatro Estados sobre a constitucionalidade da medida.
Para Heleno Araújo, apesar do marco legal, o salário dos professores pouco evoluiu nesses oito anos. “Vamos terminar como o governo anterior: os professores continuam recebendo os piores salários quando comparados com profissionais de outras áreas com a mesma formação e a mesma jornada”, afirma.
Para corrigir essa situação, o governo apresentou em uma das metas do projeto de lei para o novo PNE (Plano Nacional de Educação) a proposta de “aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente”.
Aparecida Neri de Souza, pesquisadora de sociologia da educação na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), fez um levantamento com base em dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio) revelando que apenas 12% dos professores – incluindo os que lecionam no ensino superior - recebem mais de cinco salários mínimos (ou 2.550 reais). “O MEC poderia ter sido mais aguerrido nas negociações com os governos estaduais e os municípios”, diz Neri.
Para ela, a obrigatoriedade de se ter 90% dos professores com contratos efetivos, proposta no projeto do PNE, pode melhorar o quadro. Quando aprovado, o documento estabelecerá as metas e diretrizes para as políticas educacionais nos próximos dez anos.
Outro ponto que deixou a desejar, segundo Heleno, foi a melhora da infraestrutura para o trabalho docente, apesar da ampliação dos recursos investidos em educação no período. “A maioria das escolas continua sem condições adequadas para que o docente possa trabalhar processos de aprendizagem que garantam o aprendizado do estudante”.
Formação
Atualmente, cerca de um terço dos docentes no país – 636,8 mil professores, de acordo com dados do Censo Escolar de 2009 – não possui diploma de ensino superior. Em 2009, o governo federal lançou o Parfor (Plano Nacional de Formação de Professores), sob a responsabilidade da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), em parceria com estados e municípios. O programa prevê a abertura de 400 mil vagas em licenciaturas para professores das redes municipais e estaduais em cerca de 150 universidades federais, estaduais, comunitárias e instituições de ensino a distância de 25 Estados.
Araújo Filho elogiou a política, que concede bolsas a alunos de licenciatura e incentivos a professores sem formação superior para que cumpram a graduação na disciplina em que lecionam. O programa federal também oferece segunda licenciatura aos docentes que lecionam matérias diferentes da sua formação. Para o diretor da CNTE, o objetivo de consolidar um sistema nacional de formação dos profissionais de educação é positivo, mas ainda não foi alcançado.
Aparecida Neri também defende que, sem uma política forte de formação inicial, não será possível implantar o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, instituído em maio deste ano e que terá sua primeira edição aplicada em 2011.
A pesquisadora avalia que ainda falta ao governo uma visão de formação inicial e continuada como direito do professor. “A formação é tratada como uma obrigação para subir na carreira. Ela precisa ser vista como um direito de todos os professores. Senão eles não crescerão”.
Carreira
Heleno Araújo Filho elogia também a implantação do programa Profuncionário, um curso técnico a distância de formação para os profissionais de áreas administrativas da educação. “Antes não havia nenhuma política para os profissionais da educação. Era uma coisa solta. Os funcionários de escola eram invisíveis diante do poder público”.
Apesar de o governo federal ter incluído a necessidade de um plano de carreira na lei que rege o Fundeb, Heleno Araújo Filho avalia que a questão não avançou muito. “O governo federal não cobrou dos entes federados [estados e municípios] o cumprimento da lei”. Sobre gestão democrática, os avanços também foram pequenos, diz o coordenador. No projeto de PNE em tramitação, o governo propõe que se implante planos de carreira para todos os profissionais do magistério do país em, no máximo, dois anos.
*Com informações do Observatório da Educação
Seis Estados pagam salário abaixo do piso a professor
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RICARDO WESTIN
da Folha de S.Paulo
Professores iniciantes de seis redes estaduais começaram o ano letivo recebendo um salário menor que R$ 1.024,67 --mínimo determinado pela lei.
Em Goiás, Tocantins, Rondônia, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Sul, a remuneração não alcançou o piso nacional, segundo estudo da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).
O piso salarial vale para os professores iniciantes com formação de nível médio (sem diploma universitário) que trabalham 40 horas por semana.
A lei, que abrange também as escolas municipais, foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Lula em 2008. Antes disso, cada Estado e município tinha um piso próprio.
Com a lei, o piso nacional foi estipulado em R$ 950. Como é obrigatório que seja reajustado todo mês de janeiro, o mínimo hoje é de R$ 1.024,67, segundo o Ministério da Educação.
Daqueles seis Estados, cinco (GO, TO, RO, CE e PE) começaram o ano pagando os antigos R$ 950, sem aplicar o reajuste obrigatório. No RS, a remuneração inicial dos professores é ainda mais baixa, de R$ 862,80.
"Nas redes municipais, embora não haja dados, a situação é pior. O professor tem menos força para negociar em municípios menores", diz o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão. Para ele, o piso nacional é descumprido por razões políticas, não financeiras. "O ministério tem verbas para socorrer os que alegam não poder pagar o piso, mas ninguém pediu."
O MEC confirma. Para obter o dinheiro, os governantes precisam comprovar que falta dinheiro para a educação. "Se fosse verba para obra, eles viriam correndo. O problema é que ninguém inaugura professor ou aluno", critica o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).
O piso salarial ainda causa discordâncias porque um grupo de governadores recorreu ao Supremo Tribunal Federal alegando que a lei era inconstitucional. O Supremo ainda não decidiu o mérito da questão e determinou que, enquanto isso, os professores não podem ganhar menos do que o piso.
"Os governadores e prefeitos se apoiam nessa indecisão do Supremo. O Ministério Público deveria processá-los por improbidade administrativa e pedir cassação", diz Buarque.
A CNTE usa cálculo distinto e defende piso de R$ 1.312,85 (sem contar gratificações). O STF aceitou a inclusão das gratificações no cálculo do piso
CNTE DEFENDE MAIOR ATUAÇÃO DO MEC PARA CUMPRIMENTO DO PISO SALARIAL DO PROFESSOR
[selo]
Da Agência Brasil
Em Brasília
O presidente do CNTE (Conselho Nacional dos Trabalhadores em Educação), Roberto Leão, disse hoje (8) que o fato de o MEC (Ministério da Educação) ter feito uma sugestão de reajuste salarial para os professores, em vez de estipulá-lo, pode criar interpretações que favoreçam o não cumprimento do piso.
A Lei 11.738/2008 atrela o reajuste do piso nacional dos professores ao crescimento do valor anual mínimo por aluno do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério).
"Em vez de afirmar que o reajuste seria tal, o MEC fez uma sugestão. Sugestão as pessoas aceitam se querem. Isso vai criar um problema muito grande no país e só contribui para pôr água no moinho daqueles que não querem a existência do piso", disse.
Para Leão, a tarefa do MEC é estabelecer o valor do custo por aluno, e não a de sugerir reajuste.
"O valor do custo/aluno, quando é estabelecido, automaticamente reajusta o piso", disse o professor em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Segundo o presidente do CNTE, há desencontro no cumprimento da lei, já que ela devia calcular o reajuste com base em valores futuros e não em percentuais de 2009, como ocorreu.
O professor lembrou que a lei que estipula o piso é muito clara quando diz que o aumento ocorrerá de acordo com o percentual que reajustar o valor do custo aluno do Fundeb. Isso, segundo Leão, não aconteceu, "até porque o custo/aluno do Fundeb é reajustado com valores futuros, com percentuais de previsão de futuro, e não com retroação, com valor atrasado. E o que o governo fez foi reajustar com o custo/aluno de 2009".
De acordo com Roberto Leão, o CNTE está organizando uma grande manifestação nacional para o dia 16 de março, pedindo que o governo crie uma medida que padronize de vez o reajuste e facilite o entendimento do que é a lei do piso.
Governo holandês abre programa de bolsas para brasileiros
Estão abertas inscrições para o Programa de Bolsas do Governo Holandês, para cursos de mestrado, doutorado e de curta duração. O programa visa auxiliar o treinamento de trabalhadores nos países menos desenvolvidos.
O candidato precisa trabalhar em organizações sem fins lucrativos ou no governo. Para se inscrever é necessário entrar em contato com a Embaixada dos Países Baixos no Brasil, ou com o Consulado Geral de São Paulo ou do Rio de Janeiro para saber quais são os requisitos de admissão. As relações dos programas e prazos para inscrição estão disponíveis no site www.nesobrazil.org.
Mais informações pelo site http://www.usp.br/ccint/ ou pelos telefones (11) 3091-2309 e (11) 3091-3529.
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Blog .12.03.2011
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