Secretário Nacional de Articulação apresenta a função da nova secretaria no MEC
Focando a melhoria da qualidade da educação pública, o Ministério da Educação
(MEC) cria a Secretaria de Articulação dos Sistemas de Ensino tendo como gestor
da pasta o representante de Mato Grosso, professor Carlos Abicalil. Numa das
visitas a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), ele
concedeu uma entrevista para o site Seduc, esclarecendo a função e importância
dessa nova pasta para Mato Grosso e para o país.
Nos últimos anos houve crescimento significativo nos índices da educação. Porém, esclarece que ainda existem problemas herdados na própria
estrutura organizacional. Entre os referidos problemas está a concorrência de
responsabilidade entre União, Estado e municípios, especialmente no que diz
respeito à Educação Básica.
Para tentar sanar essas lacunas na educação a secretaria de Articulação
focará no próximo período atenção especial ao ensino médio e na universalização
da educação infantil. “Numa ponta temos a centralidade do Ensino Médio e na
outra temos os municípios”.
O motivo dessa centralização é esclarecido pelo fato de que até 2009 a União
atuava de maneira supletiva, sem articular adequadamente. Fato que foi
modificado com a emenda 59, que colocou a União em igualdade de responsabilidade
pela educação obrigatória, como são os Estados e municípios. Um fato importante,
já que é ela que concentra a maior capacidade financeira de tributos.
O momento de criação da Secretaria de Articulação surge quando se dá o
encerramento do Plano Decenal de Educação e se inaugura o debate sobre a
educação para a próxima década. Paralelamente, se dá os arranjos dos Planos
Plurianuais, com investimentos do governo federal e dos governos estaduais.
“Olhando por tanto essas combinações frente ao que queremos superar, que as
iniciativas não sejam concorrentes entre si, mas que elas sejam articuladas
atendendo as necessidades que se tem hoje”.
Nas prioridades apontadas estão além do ensino fundamental obrigatório de
oito anos, fazer valer a escolarização obrigatória às crianças de 4 e 5 anos até
a conclusão do Ensino Médio,incluindo a Educação de Jovens e Adultos, Educação
no Campo.
Desafios importantes da pasta, que segundo Abicalil, agora deverão ser
associados a orientação tecnologia e profissional. Foi uma lacuna deixada por
mais de 15 anos só resgatada pelo governo do presidente Lula, hoje com forte
participação do setor empresarial. “Neste contexto o MEC está instituindo a
linha de articulação da Secretaria com os sistemas de ensino”.
A proposta é estabelecer um diálogo que firme compromissos de cada uma das
parTes associando a isso a Lei de Responsabilidade da Educação, em tramitação no
|Congresso, em paralelo ao Plano Nacional de Educação. Neles se atribuem
responsabilidades claras aos gestores da Educação.
Mato Grosso
O Estado de Mato Grosso se apresenta nesse cenário caminhando com esforços
simultâneos sem desperdiçar energia do ponto de vista estadual, tanto pela
Secretaria de Estado de Educação quanto pela Secretaria de Tecnologia e
Ciências.
Nesses dois esforços, financiados com recursos federais do Programa
Brasil Alfabetizado, deverá se associar a expansão do Instituto Federal de
Educação (IFMT), que saltará de três para dez unidades, interiorizando a
presença, no Estado.
“É uma contrapartida a aspiração da sociedade para que busque oportunidade
de crescimento e a satisfação com o desenvolvimento econômico e novos
empregos”. Isso sem estancar a formação das pessoas no ensino médio, mas
ampliando as oportunidades de trabalho e qualificando melhor para quem quiser
prosseguir nos estudos.
Abicalil conclui dizendo que a implantação dessas políticas exigirá um
comprometimento de Estado para além das políticas de governo para dar atenção
àquilo que é direito do povo e essência da própria cidadania.
ROSELI
RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT
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