Alunos de engenharia participam de competição com prêmio internacional
De Rondonópolis - Dayane Pozzer
Uma equipe com 15 alunos do curso de engenharia mecânica da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus de Rondonópolis, viajam no final deste mês para Piracicaba, interior de São Paulo, onde participam da 18ª edição da competição do programa Baja SAE Brasil, de 24 a 28 de março. O trabalho para eles têm sido duro desde o início do ano, quando iniciaram a construção de um veículo off-road, que vai concorrer com protótipos fabricados por estudantes de engenharia de instituições de ensino de todo o País.
A ideia e a vontade de participar da competição nasceu em 2009 e, naquela ocasião, o Olhar Direto contou a história dos estudantes que hoje estão vendo o sonho ser realizado. Não foi fácil arrecadar todo o dinheiro necessário para construir o protótipo e os valores, em boa parte, saiu do bolso dos alunos. “As meninas da equipe, como elas não têm muita intimidade com a parte mecânica e de oficina, fizeram a parte do marketing”, conta o aluno Danilo Abreu Monteiro. A equipe estima que ao todo já gastou em torno de R$ 15 mil, entre doações, ajuda da Universidade, patrocínios e dinheiro próprio.
Apelidado de Bajacaré, o veículo off-road deve seguir todas as especificações do regulamento da competição que, por sinal, é bastante exigente. Três equipes poderão levar a premiação - uma viagem aos Estados Unidos de três integrantes de cada grupo, mais o transporte do veículo, para competir na categoria internacional do programa. O evento acontece na Califórnia em maio e lá, o prêmio é de cinco mil dólares.
Conforme o regulamento, para competir o veículo deve ser seguro, barato, durável, leve, competitivo, comercialmente viável e capaz de manobrar em espaços reduzidos. No início do ano a equipe entregou o projeto escrito. No primeiro dia de provas, os protótipos passam por avaliações estáticas e, no segundo, avaliações dinâmicas, que medem o desempenho dos veículos em diversas situações, como frenagem, que é eliminatória, aceleração, velocidade e tração. Por último, são submetidos a uma prova chamada suspension and traction, uma espécie de enduro de resistência, com quatro horas de duração e que define a ordem de largada no último dia.
O estudante Danilo explica que a participação no programa envolve todas as disciplinas e alguns conhecimentos que não fazem parte do conteúdo da faculdade. Além disso, o trabalho é importante para o currículo dos alunos e serve como portfólio de cada um. “Empresas de grande porte participam das avaliações, são jurados, e eles estão lá de olho em futuros profissionais, então nossa participação não é uma brincadeira e sim um trabalho de muita importância”, diz.
Além dos 15 alunos, viajam também dois coordenadores do curso. Durante as provas, os pilotos serão os estudantes Renan Araújo e Renan Gomes, que já têm experiência em competições como kartcross e ainda em mecânica e trabalhos em oficina.
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