Enquanto nos estabelecimentos de ensino privados argentinos a violência mais recorrente é a verbal, nos públicos, a violência física é predominante. O dado é da pesquisa "Clima, conflitos e violência na escola" realizada pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a Flacso (Faculdade Latinoamericana de Ciências Sociais), feita com 1.690 alunos da cidade de Buenos Aires e arredores, divulgada no site do jornal Clarín.
De acordo com a pesquisa, 71% dos estudantes de Buenos Aires já presenciou uma briga; 68% afirmaram ter conhecimento de roubo ocorrido em aula; 66% presenciaram situações de humilhação entre eles mesmos; 51% temem ser vítimas de violência no trajeto entre a casa e a escola; 23% estiveram perto de virar vítima de humilhações; e 23% foram humilhados ou insultados por professores na frente de seus colegas.
As provocações, maltrato, assédios, discriminações e humilhações, no entanto, são mais frequentes em nível social alto.
Segundo Elena Duro, especialista em educação da Unicef, a escola não está alheia à realidade do país e é uma "caixa de ressonância que absorve as tensões e os conflitos exteriores da vida escolar". Ela diz que isso se caracteriza como "violência na escola" e não "violência escolar": a primeira é que se manifesta no local, mas não tem relação com as situações do cotidiano da instituição; a outra teria relação com atividades escolares.
A realidade familiar e as companhias, por exemplo, pode levar a conflitos. Sete em dez crianças já presenciou uma briga na escola. A violência verbal é diária e acaba sendo naturalizada como uma "forma de comunicação", assim como comentários discriminatórios, seja pela cor da pele, por ser imigrante, por referências musicais ou vestimentas ou outras rivalidades que, muitas vezes, terminam em agressão física.
*Com informações do Clarín
(UOL)
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Na Argentina, escolas particulares têm mais discriminação; públicas têm mais brigas
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