terça-feira, 5 de março de 2013

Currículo das escolas é fraco, diz diretor da Fundação Lemann



O diretor-executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne, é taxativo em relação à qualidade dos professores brasileiros: “Vivemos no mundo das novas mídias que estão aí para nos auxiliar, inclusive nas salas de aula. No entanto, compreendo que o mais importante para melhorarmos a qualidade da nossa educação é investirmos na formação do professor. Ele é a peça chave para o bom desempenho do aluno”.
A Fundação Lemann, com sede em São Paulo, é uma organização sem fins lucrativos criada em 2002, que tem por finalidade melhorar a qualidade da educação pública no Brasil, com foco em garantir o aprendizado dos alunos.

Mizne deu a palestra “O Papel da Gestão e da Inovação” na Frente Parlamentar em Defesa da Educação do Congresso Nacional, em Brasília. Ele destacou as principais falhas no ensino básico e apontou algumas soluções: “O currículo atual é muito teórico, precisamos de mais prática na sala de aula. O professor tem que interagir com o aluno com as novas tecnologias que estão disponíveis para auxiliar na aprendizagem”. Para ele, é preciso fazer avaliações periódicas para saber se o aluno está aprendendo na sala de aula. “Precisamos garantir o direito de o aluno aprender, é nosso dever fazer com que isso aconteça”, disse.

O diretor da Fundação Lemann discorreu ainda sobre o currículo das escolas, que julga não ser adequado. “Precisamos de um currículo escolar mais claro e objetivo, com foco na aprendizagem. Não é suficiente que o professor entre na sala de aula e simplesmente passe a matéria. Ele tem que se certificar de que o aluno aprendeu.” O professor – continua o diretor da Fundação Lemann – tem obrigação de incentivar aquele aluno que tem dificuldade para acompanhar a sala.

O presidente da Frente, deputado Alex Canziani (PTB-PR), que defende a valorização do professor, destaca a relevância deste trabalho para a educação. “Pesquisas nos mostram que a maioria das crianças está na sala de aula, mas não aprendem as matérias básicas, como português e matemática. Temos sim que mudar o currículo escolar e valorizar o professor”, defende o deputado da educação. “Estes são alguns passos importantes para o fortalecimento da educação brasileira. Mas, sem dúvida, a principal medida é a qualificação dos nossos docentes. O que faz diferença na escola é o professor”, destacou o parlamentar paranaense.

A Frente Parlamentar da Educação realiza uma palestra por mês para discutir os desafio e soluções para que todos tenham uma educação de qualidade e, consequentemente, um futuro com jovens preparados para o mercado de trabalho.

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