Educadores elogiam prova para professor, mas querem debate Para eles, exame vai ajudar a melhorar a seleção dos docentes e criar perspectiva de uma carreira nacional Representantes de entidades de professores e gestores de educação elogiaram ontem a iniciativa do MEC de criar a Prova Nacional de Concurso para Ingresso Nacional na Carreira Docente. Segundo eles, o exame vai ajudar municípios e Estados a selecionar melhor e de maneira mais barata professores para suas redes, mas alertam que ainda é preciso muita discussão para garantir o sucesso do novo modelo. A ideia da prova, que deve ser aplicada pela primeira vez em 2012, é que o interessado em ser professor da rede pública faça o exame nacional e as redes estaduais e municipais usem os resultados quando precisarem preencher vagas. O Estado ou município que aderir poderá utilizar a prova do MEC para substituir o concurso local ou como uma fase da seleção. MEC fará 'Enem' para seleciona professores Para Heleno Araújo, secretário de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a iniciativa ajudará a fortalecer uma política nacional de ensino, em um contexto caracterizado pela extrema diversidade - o ensino fundamental é responsabilidade de Estados e municípios, não do governo federal. "Esse instrumento cria a perspectiva de uma carreira nacional para o
professor. Já temos o piso nacional, que, apesar de não ser cumprido por todos, serve como referência, e o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) como parte de um sistema nacional", afirmou. Mas, para a substituição de milhares de provas nos municípios, Araújo diz que a confiabilidade do novo exame será crucial. "Em um País de tamanho continental, lisura, transparência e sigilo serão fundamentais para a prova nacional", diz. A nova opção para selecionar docentes deve ajudar sobretudo municípios de
pequeno e médio porte, acredita Carlos Eduardo Sanches, presidente da União Nacional de Diretores Municipais de Educação (Undime). "Esses municípios têm dificuldades financeiras para organizar bons concursos públicos. E, com a perspectiva do ensino obrigatório a partir dos 4 anos de idade, uma lei que entra em vigor em 2016, vamos precisar aumentar o número de contratações nos próximos anos", afirmou. Sanches lembra que um exame nacional deve estimular o deslocamento de profissionais, o que será positivo para regiões onde há déficit de professores. A presidente do Conselho de Secretários Estaduais de Educação (Consed), Maria Nilene da Costa, ressalta que falta muita negociação antes de prognosticar se o exame vai ter grande adesão. "Esse foi só o primeiro passo. As comissões ainda têm muito a discutir. Agora entra em debate os conteúdos que serão cobrados na prova", disse. Representantes de entidades de professores e gestores de educação elogiaram ontem a iniciativa do MEC de criar a Prova Nacional de Concurso para Ingresso Nacional na Carreira Docente. Segundo eles, o exame vai ajudar municípios e Estados a selecionar melhor e de maneira mais barata professores para suas redes, mas alertam que ainda é preciso muita discussão para garantir o sucesso do novo modelo. A ideia da prova, que deve ser aplicada pela primeira vez em 2012, é que o interessado em ser professor da rede pública faça o exame nacional e as redes estaduais e municipais usem os resultados quando precisarem preencher vagas. O Estado ou município que aderir poderá utilizar a prova do MEC para substituir o concurso local ou como uma fase da seleção. Para Heleno Araújo, secretário de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a iniciativa ajudará a fortalecer uma política nacional de ensino, em um contexto caracterizado pela extrema diversidade - o ensino fundamental é responsabilidade de Estados e municípios, não do governo federal. "Esse instrumento cria a perspectiva de uma carreira nacional para o
professor. Já temos o piso nacional, que, apesar de não ser cumprido por todos, serve como referência, e o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) como parte de um sistema nacional", afirmou. Mas, para a substituição de milhares de provas nos municípios, Araújo diz que a confiabilidade do novo exame será crucial. "Em um País de tamanho continental, lisura, transparência e sigilo serão fundamentais para a prova nacional", diz. A nova opção para selecionar docentes deve ajudar sobretudo municípios de
pequeno e médio porte, acredita Carlos Eduardo Sanches, presidente da União Nacional de Diretores Municipais de Educação (Undime). "Esses municípios têm dificuldades financeiras para organizar bons concursos públicos. E, com a perspectiva do ensino obrigatório a partir dos 4 anos de idade, uma lei que entra em vigor em 2016, vamos precisar aumentar o número de contratações nos próximos anos", afirmou. Sanches lembra que um exame nacional deve estimular o deslocamento de profissionais, o que será positivo para regiões onde há déficit de professores. A presidente do Conselho de Secretários Estaduais de Educação (Consed), Maria Nilene da Costa, ressalta que falta muita negociação antes de prognosticar se o exame vai ter grande adesão. "Esse foi só o primeiro passo. As comissões ainda têm muito a discutir. Agora entra em debate os conteúdos que serão cobrados na prova", disse.
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