Autor: Élida Pereira Jerônimo
As primeiras letras do alfabeto que escrevemos até formar uma palavra são executadas sob orientação de um (a) professor (a).
São momentos marcantes na vida da criança, dos pais e professores. Tão marcante que nunca esquecemos nossos primeiros professores.
Os professores dão a vida na missão de ensinar o aluno, não só letras, fórmulas matemáticas, acontecimentos históricos ou as maravilhas do pensamento humano, mas esperança, dignidade, solidariedade, coragem...
São eles que contribuem para a formação do caráter da criança/adolescente, que alçam vôo em direção dos seus objetivos/sonhos. E esse papel primordial é que enaltece o “mestre” e o faz totalmente responsável pelo sucesso do aluno formado sob inspiração dos seus conhecimentos.
Infelizmente estes profissionais não são valorizados como deveriam. A valorização que menciono não é somente remuneratória, mas a intelectual, satisfatória, estrutural, organizacional, exemplo a ser seguido de forma que desperte admiração e respeito da sociedade.
Antigamente ser professor era “status”, aonde chegava era admirado, gabado, prestigiado pelos presentes, colocado em posição de destaque perante todos no recinto.
Os alunos tinham os professores como “mestres”, respeitavam-os com imenso temor e afeto.
Hodiernamente é lastimável ver a maneira como o aluno se dirige ao professor, o respeito foi dizimado. Alguns professores chegam a ter medo de alunos que os ameaçam e/ou agridem.
Ouvi uma série de relatos em que estudantes apedrejaram, furaram pneus, quebraram vidros e arranharam veículos de professores em tom de ameaça, em decorrência de uma nota baixa, suspensão ou advertência. Estudantes que não conseguem bons resultados e culpam os professores pelo seu fracasso punindo-os equivocadamente.
Neste prisma de “caos” na Educação, a rede globo realizou uma série de reportagens que trouxe a baila vários entraves da profissão e depoimentos de insatisfação/decepção de alguns profissionais da área.
São profissionais que “desdobram” para cumprir com o cronograma e não tem tempo suficiente para planejar a aula, corrigir provas; escolas sem materiais (o que tem é destruído/extraviado pelos estudantes), sem estrutura física; salário abaixo do teto (que é vergonhoso), dentre outras irregularidades que prejudicam professores, estudantes e a população em geral.
Nas faculdades de pedagogia e licenciatura o número de universitários reduziram significativamente. Vendo a precariedade e desmotivação dos professores por inúmeros fatores, a maioria dos estudantes não pensam em seguir tal profissão.
Se continuar neste “caos”, qual será futuro da Educação no Brasil? O que nossos governantes estão fazendo de braços cruzados que não procuram ofertar melhores condições, salários, capacitação, estrutura, conforto e todos os apetrechos para o bom desempenho e satisfação do professor?
Porque não valorizar aqueles que são os principais contribuintes na formação dos profissionais?
Diante do papel imprescindível que o professor exerce nas nossas vidas, podemos classificá-los como nossos “pais do conhecimento”. E se a sociedade (governantes, estudantes, profissionais...) não valorizam os “pais” do conhecimento, terão “tato”, capacidade de valorizar o que realmente é importante na vida?
Élida Pereira Jerônimo é advogada, pós graduada em Processo Civil.
E-mail: elida_pj21@hotmail.com
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