quarta-feira, 11 de maio de 2011

Educação Professores realizam paralisação nesta quarta

Reportagem de Camila Ribeiro . .

Na próxima quarta (11), acontece uma paralisação nacional dos professores da rede pública de ensino, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Em todo o país acontecem concomitantemente assembleias, passeatas, panfletagens e vários outros protestos.

Na paralisação os professores colocam em pauta reivindicações a respeito da revisão do Piso Salarial Nacional (PSN), repasse de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para Educação, valorização da Carreira no Magistério Público Nacional, entre outros.

Os municípios mato-grossenses também participam dos atos de protestos. Em Cuiabá, está marcado um Ato Público, às 14h, na Praça Alencastro. Já em Várzea Grande, a partir 15h, acontece uma assembleia, no ginásio de esportes da Escola Estadual Adalgisa de Barros. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Gilmar Soares Ferreira, a rede de ensino público precisa receber mais atenção do poder público. “Nesses encontros vamos por em pauta as mesmas questões tratadas em âmbito nacional”, relatou.

Procurada pela equipe do Circuito Mato Grosso, a Secretaria de Educação do Estado (Seduc), não se manifestou quanto ao número de escolas que terão as atividades paralisadas nesta quarta e nem a quantidade de alunos afetados.

COLÍDER

Independente desta paralisação os trabalhadores da Educação de Colíder (648 km de Cuiabá) continuam em greve. A paralisação foi deflagrada no último dia 6 e, desde então, a categoria sofre pressão do prefeito Celso Paulo Banazeski (PR). Ele alegou, na sessão da última segunda (9), na Câmara Municipal, que se o reajuste proposto não fosse aprovado naquele momento, não poderia mais ser feito este ano.

Os profissionais encaminharam proposta solicitando a concessão de 15.85% sobre o piso atual de R$ 836,73. Mas a contraproposta do chefe do Executivo Municipal admite apenas o índice de 6.46%. Caso a reivindicação da categoria seja atendida, o piso salarial avançaria para R$ 890,00. “Por isso, não vamos abrir mão daquilo que é nosso por direito”, afirmou a presidente da subsede do Sintep-MT, Edina Martins.

Apesar da pressão, a categoria permaneceu na sessão da Câmara até 1h desta terça para impedir a aprovação do reajuste proposto pelo prefeito. Os profissionais da Educação também reivindicam a redução da jornada de trabalho dos funcionários da educação de 40 para 30h semanais. De acordo com Gilmar Soares, a luta da categoria está embasada em estudos que respeitam as limitações financeiras do município, portanto o valor não extrapola aquilo que a prefeitura de Colíder pode oferecer.

Para o sindicalista, não se trata de reivindicar reajuste salarial, mas sim, implementar a Lei do Piso (11.738/08). “Cabe ao município cumprir o que a legislação determina e não tentar repassar a todo custo um aumento considerando apenas a inflação do período, principalmente considerando que a categoria sempre esteve e continua aberta às negociações”, explicou.

Da redação

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