Por Eduardo Soares
Dia desses um colega de trabalho estava comentando a respeito das experiências em empregos anteriores. Atualmente ele exerce a função de almoxarife mas numa rápida conferida em sua Carteira de Trabalho verifiquei os registros como Produtor, Radialista, Gerente de Eventos entre outros, todos relacionados a entretenimento. Fora isso, várias vinhetas de rádio criadas por ele foram exibidas com orgulho. Todas engraçadas e por isso, chamativas. Acrescente também fotos de eventos variados, passando por rede de supermercadoe até petroleiras. Perguntei a ele o motivo da mudança radical na carreira, já que existe um abismo de diferença entre o passado criativo e o confinamento atual, uma vez que o oficio do presente consiste basicamente em controlar estoque de obra, aturar gente com pressa para tudo (menos para aprender a fazer as tarefas corretamente) e aturar graça de engenheiro metido a Einstein made in fundo de quintal. “Cara, fiquei algum tempo parado por problemas de saúde. Preciso me levantar financeiramente para poder dar sequencia ao que realmente gosto de fazer” disse ele para depois concluir “não consigo entender a razão pelo qual muita gente diz que a criação da minha radio (seu grande sonho) é impossível. Tenho talento, experiência , capacidade, corro atrás, gosto disso e ainda possuo alguns equipamentos para dar inicio a minha radio comunitária.”
Vou concordar com as amebas filosóficas pertencentes a turma do “você não consegue, parte para outra”? Esse tipo gente metida a vidente de futuro negro vive de migalhas obtidas através dos restos daquilo que eles não concretizaram. Mente pequena, quase anã (ou ausente) cujo pensamento principal consiste em jogar terra na motivação de quem pode e deve sonhar. “Se eu não consegui, ele também não conseguirá”deve ser o mantra entoado diariamente por esses babacas.
Segundo o dicionário, a definição para a palavra sombra é “região escura formada pela ausência parcial da luz, proporcionada pela existência de um obstáculo.” Acrescente a essa informação minha criação (nunca a registrei no Cartório mas acho que é algo oriundo dessa cabeça oca que vos tecla, pelo menos nunca vi algo parecido) uma expressão para exemplificar toda pessoa que, além de não querer viver, faz questão de enterrar os sonhos dos outros: gente assim nada mais é do que uma sombra morta.
Diz aí: quantas sombras mortas dizem que suas escolhas não darão em nada? Costumo dizer que a Terra é uma imensa bola azul povoada em sua maioria por nativos (imensamente) infelizes. Sim, não espere muita coisa das pessoas. Faça o que tem que ser feito. Se tens um dom, lute por ele. Por mais árduo que seja o caminho, certamente o produto final irá recompensá-la de todo sacrifício obtido durante a jornada. Sabe qual é o nosso grande defeito? Queremos chegar no topo sem esforço algum.
Dom. Talento. Seja lá qual for a definição, esse gratuito advento divino nasceu contigo e vai acompanha-la até seu ultimo suspiro. Está no seu sangue, atravessa artérias, invade os neurônios para fixar moradia na sua vontade cada vez quente e ingente de realizar aquele sonho “impossível”. É como o sol. Necessitamos dele para a preservação da vida. Assim como necessitamos aquecer nosso talento para que ele tenha vida eterna dentro do nosso universo: seu/meu interior.
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Por: Valeska Andrade
sexta-feira, 13 de maio de 2011
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