O Globo
RIO - O governo federal confirmou nesta quarta-feira (10) que vai distribuir, já no segundo semestre, o kit escolar para combater a violência contra gays. Chamado de Escola sem Homofobia, o kit será enviado para 6.000 colégios públicos do país.
No entanto, o kit (e seu conteúdo) tem fomentado discussões acaloradas. Um dos vídeos - "Encontrando Bianca", que conta a história de uma transexual - vazou no Youtube e, com ele, porções de comentários contrários, que chegam à homofobia. O assunto também foi foco do Congresso Nacional, depois que deputados contrários ao material o apelidaram de "kit gay", argumentando que ele estimularia a prática homossexual entre os adolescentes. Exemplo disso é o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) que nesta quarta-feira (10) mandou imprimir 50 mil cópias de um panfleto contra o plano nacional que defende os direitos dos gays. O deputado federal eleito pelo PP do Rio está distribuindo o material em residências e escolas do estado.
Um dos textos do impresso chega a associar a homossexualidade à pedofilia.
Bolsonaro não revelou quanto gastou, mas já disse que pretende repassar a conta para os cofres públicos: fala em incluir a despesa em sua verba de gabinete e pedir reembolso da Câmara.
Para além da questão gay
O objetivo do kit do governo é ensinar os estudantes a aceitar as diferenças e evitar agressões e perseguições a colegas que assumem a homossexualidade. Dirigido a professores e alunos do ensino médio, em geral com 14 a 18 anos, o material contém vídeos, que tratam de transexualidade, bissexualidade e de namoro gay e lésbico.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
MEC vai distribuir kit anti-homofobia em 6.000 escolas públicas
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário