A estudante Luciane do Nascimento e a professora Raquel Machado
Santana, ambas de escolas de campo da rede estadual, tiveram poesias
classificadas no Concurso de Poesia Internacional pela Paz, promovido pela El
Rowad American College, Cairo-Egito, com embaixadores no país e em Mato Grosso.
Ao todo, três representantes do Estado, uma delas estudante da rede municipal de
Várzea Grande, foram destaque no concurso divulgado no início de abril pela
organização.
Luciene é estudante do Ensino Médio da Escola Estadual Paulo
Freire, uma das quatro escolas estaduais do assentamento Antonio Conselheiro, em
Barra do Bugres. A adolescente, de 15 anos, ficou com o segundo lugar, entre os
1.500 estudantes inscritos dos mais de 40 países participantes. “Gosto de ler
poesias, quando tenho tempo escrevo poemas”, destaca a garota que planeja
estudar Medicina ou Enfermagem, no curso superior.
A rotina dos estudos de gramática e leitura da escola incentiva
os estudantes a buscarem na escrita uma ferramenta de mudanças sociais. A
escola é uma das quatro existentes na área, de mil famílias assentadas, o maior
assentamento da América Latina. A falta de área de lazer e espaços culturais faz
com que os jovens busquem na leitura e escrita uma fonte de distração. Dezenove
estudantes se inscreveram, o que representa 20% dos alunos da escola, mas desta
vez foi Luciene com o poema “Paz” quem ficou com a melhor colocação.
Na Agrovila Bojuí, em Diamantino, a professora Raquel Santana
é a responsável pelas aulas de Língua Portuguesa e Literatura, da Escola
Estadual Maria Tissiane de Oliveira. O poema inscrito por ela, ganhou mensão
honrosa e tradução para o francês. Com o poema protesto “Só queremos, meus
amigos, sermos iguais, por favor”, ela relata o quanto rico culturalmente são
os estudantes do campo e o pouco que são respeitados.
O poema entrou no concurso inesperadamente. A partir da inscrição em setembro de 2012, uma solicitação de documentos feita pela comissão organizadora acabou por levar a professora a encaminhar uma reivindicação em forma de poema na ficha de inscrição dos estudantes. “Foi uma surpresa. Uma notícia que fortalece a prática educativa que trabalho da escola e uma forma de validar mundialmente o estudantes do campo”, conclui.
O poema entrou no concurso inesperadamente. A partir da inscrição em setembro de 2012, uma solicitação de documentos feita pela comissão organizadora acabou por levar a professora a encaminhar uma reivindicação em forma de poema na ficha de inscrição dos estudantes. “Foi uma surpresa. Uma notícia que fortalece a prática educativa que trabalho da escola e uma forma de validar mundialmente o estudantes do campo”, conclui.
ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT
Assessoria/Seduc-MT
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