FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
Enquanto o Ministério da Educação defende uma redução da grade de disciplinas no ensino médio, congressistas apresentam propostas para incluir novas matérias ou conteúdos em sala de aula.
Somente na comissão de educação da Câmara dos Deputados, 31 projetos foram apresentados nos últimos cinco anos com sugestões de mudança no currículo.
Alguns projetos sugerem estender para uma outra etapa do ensino conteúdos já previstos nas diretrizes definidas pelo CNE (Conselho Nacional de Educação).
É o caso de proposta que obriga o ensino do espanhol na rede pública desde o 1º ano do ensino fundamental.
Hoje, o curso de espanhol é uma das opções para a escola, que deve inserir o ensino de pelo menos uma língua estrangeira a partir do 6º ano do fundamental --quando o aluno tem cerca de 11 anos.
NOVOS CURSOS
Outros projetos criam novas disciplinas ou conteúdos --como aquele que defende a matéria "Introdução ao Direito" no ensino médio ou de "Leitura e Educação para as Mídias" no ensino médio e parte do fundamental.
"Na era da midiatização, a maioria das crianças e dos jovens gasta entre 8 e 10 horas por dia consumindo mídias, ou seja, o dobro do tempo que ficam na escola", questiona no texto o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), autor do projeto. "Afinal, quem mais influencia essas crianças e jovens, a escola ou a Mídia?"
Educadores criticam as propostas do Legislativo.
"Do jeito que o Congresso Nacional vai, não há carga horária que dê conta. A cada lobby você aprova uma inclusão", critica Daniel Cara.
Hoje há uma tendência de que os estudantes fiquem nas escolas por mais tempo. Também por isso é necessário rever as disciplinas e suas cargas horárias.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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