Os problemas que envolvem o absenteísmo dos professores são inúmeros, indo
dos mais complexos (como o estresse e más condições de trabalho) aos mais comuns
(licença-maternidade, consultas médicas etc.). O que não acompanha essa
ausência, na maioria dos casos, é a substituição. Sentindo na pele as
dificuldades em encontrar substitutos, um grupo de educadores da rede pública do
Mato Grosso do Sul decidiu criar uma plataforma gratuita para facilitar a
comunicação entre profissionais de educação. OPega Aula, lançado há um mês, funciona com um banco de dados
onde professores ou escolas podem encontrar educadores temporários. Além de
permitir que universidades e outras instituições de ensino pesquisem
profissionais para possíveis contratações.
“O portal surgiu como um ambiente de contato entre docentes para suprir necessidades educativas. Faltam professores em muitas disciplinas, como química e física, mas no Brasil há dois milhões de docentes, que, em muitos casos, estão desempregados pela falta de meio de uma comunicação que os unam”, afirma o pedagogo Adalberto Santos, professor das redes municipal e estadual de educação em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e cofundador da Pega Aula.
De acordo com Santos, a iniciativa surgiu, inicialmente, com a ideia de que professores pudessem trocar informações entre si para encontrar substitutos de maneira mais ágil, suprindo a lacuna de iniciativas nesse sentido. “Os únicos locais onde os docentes temporários podem se cadastrar são nas secretárias estaduais e municipais, que são bancos fechados, sem qualquer tipo de divulgação”, diz.
Segundo levantamento realizado pelo jornal Folha de S. Paulo, em 2012, apenas no Estado de São Paulo, uma em cada três escolas estaduais enfrenta a falta de professores. Das 1.072 escolas, 343 têm vagas abertas, o que configura a falta de professores em 32% das escolas.
Ainda no Estado mais populoso do País, também no ano passado, cada um dos 230 mil professores apenas da rede estadual faltou, em média, 21 dias de aulas usando a licença-média, conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Somando aos seis dias extras, que são abonados e que têm direito os educadores, essa abstenção chega a 27 dias no ano – o que representa mais de 10% das 200 aulas do ano letivo que exige a lei. “Sem professores, a escola sofre com desafios na grade, com implicações na carga horária normal e, principalmente, com os prejuízos para o aluno, que tem de estudar no fim do ano, no fim de semana ou até mesmo não estudar”, diz Santos.
O Pega Aula já conta com mais de cinco mil usuários cadastrados, de acordo com Santos, que espera uma adesão em maior escala nos próximos meses. “Por enquanto, o acesso tem sido algo orgânico. Estamos planejamento, com a volta às aulas, realizar campanhas, nas redes sociais e em outros meios de comunicação, para atrair mais professores”, afirma ele, que estima que a gratuidade do acesso à plataforma ocorra até o ano que vem, quando a cobrança pelo uso da plataforma passará a ser de, no máximo, R$ 4,90 mensais, para os custos com a manutenção do portal.
Fonte: Terra Educação
“O portal surgiu como um ambiente de contato entre docentes para suprir necessidades educativas. Faltam professores em muitas disciplinas, como química e física, mas no Brasil há dois milhões de docentes, que, em muitos casos, estão desempregados pela falta de meio de uma comunicação que os unam”, afirma o pedagogo Adalberto Santos, professor das redes municipal e estadual de educação em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e cofundador da Pega Aula.
De acordo com Santos, a iniciativa surgiu, inicialmente, com a ideia de que professores pudessem trocar informações entre si para encontrar substitutos de maneira mais ágil, suprindo a lacuna de iniciativas nesse sentido. “Os únicos locais onde os docentes temporários podem se cadastrar são nas secretárias estaduais e municipais, que são bancos fechados, sem qualquer tipo de divulgação”, diz.
No Pega Aula, as instituições também podem usufruir dos serviços da plataforma, que permite buscar os profissionais cadastrados a partir de filtros específicos: por região ou disciplinas. Na outra ponta, os docentes recebem vagas compatíveis conforme demandas de escolas, universidades ou cursinhos. Enquanto isso, os alunos que desejam aulas particulares de determinada disciplina também podem buscar por professores e os contratar diretamente. “Temos diversos portais que oferecem vagas em todas as áreas e normalmente para contratos fixos. Ao contrário da nossa proposta, que é servir como uma plataforma educativa também para os contratos temporários”, afirma Santos.Sem professores, a escola sofre com desafios na grade, com implicações na carga horária normal e, principalmente, com os prejuízos para o aluno, que tem de estudar no fim do ano, no fim de semana ou até mesmo não estudarAdalberto Santos pedagogo
Segundo levantamento realizado pelo jornal Folha de S. Paulo, em 2012, apenas no Estado de São Paulo, uma em cada três escolas estaduais enfrenta a falta de professores. Das 1.072 escolas, 343 têm vagas abertas, o que configura a falta de professores em 32% das escolas.
Ainda no Estado mais populoso do País, também no ano passado, cada um dos 230 mil professores apenas da rede estadual faltou, em média, 21 dias de aulas usando a licença-média, conforme reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Somando aos seis dias extras, que são abonados e que têm direito os educadores, essa abstenção chega a 27 dias no ano – o que representa mais de 10% das 200 aulas do ano letivo que exige a lei. “Sem professores, a escola sofre com desafios na grade, com implicações na carga horária normal e, principalmente, com os prejuízos para o aluno, que tem de estudar no fim do ano, no fim de semana ou até mesmo não estudar”, diz Santos.
O Pega Aula já conta com mais de cinco mil usuários cadastrados, de acordo com Santos, que espera uma adesão em maior escala nos próximos meses. “Por enquanto, o acesso tem sido algo orgânico. Estamos planejamento, com a volta às aulas, realizar campanhas, nas redes sociais e em outros meios de comunicação, para atrair mais professores”, afirma ele, que estima que a gratuidade do acesso à plataforma ocorra até o ano que vem, quando a cobrança pelo uso da plataforma passará a ser de, no máximo, R$ 4,90 mensais, para os custos com a manutenção do portal.
Fonte: Terra Educação
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