quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
MP vai pedir anulação Procurador quer cancelar resultado da prova de redação
Educação na mídia
MP vai pedir anulação Procurador quer cancelar resultado da prova de redação, baseado na apuração da Polícia Federal que revelou o vazamento do tema antes da aplicação do teste O procurador da República no Ceará, Oscar Costa Filho, deve encaminhar hoje, à 7ª Vara Federal de seu estado, pedido de anulação imediata da prova de redação do Exame Nacional do ensino médio (Enem) 2010. O motivo do requerimento, segundo o procurador, é o fato de uma investigação da Polícia Federal (PF), encerrada em 23 de novembro, ter apontado que houve vazamento do tema da redação na cidade de Juazeiro (BA). “O crime causou dano à lisura do concurso. Não há o que se discutir. É questão jurídica, não demanda mais investigação”, argumenta Costa Filho.
De acordo com a PF, uma aplicadora da cidade de Remanso (BA) teve acesso ao título do texto motivador da redação cerca de duas horas antes do início das provas. Ela, então, avisou ao marido, que pesquisou sobre o tema e passou informações para o filho. O aluno procurou professores da região para pedir dicas sobre como escrever o tema “trabalho e escravidão”.
O Ministério da Educação eliminou o candidato do exame. Segundo o MEC, esse é o procedimento a ser adotado uma vez que o caso está circunscrito a um estudante. O procurador discorda. “O MEC quer limitar o vazamento aos indiciados, mas eles cometeram um crime de ordem pública e o exame foi prejudicado.”
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, concorda com o procurador e encaminhou ao MEC, no fim da tarde de ontem, requerimento pedindo a anulação do exame. “Preferimos, nesse momento, apelar para que o MEC reveja seu posicionamento”, afirmou. A decisão de Cavalcante foi tomada após encontro com Costa Filho, no qual tomou conhecimento do relatório da PF. “A partir do momento em que se apurou que uma prova foi aberta horas antes do início do exame, está quebrado o princípio do sigilo e da segurança.”
Fonte: Correio Braziliense (DF)
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