segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Haddad defende maior integração na área educacional entre países do Mercosul

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse na 39ª Reunião de Ministros da Educação do Mercosul, no Rio de Janeiro, dia 26/11, que os países do bloco precisam evoluir em termos de cooperação na área educacional.

Na reunião, foi consenso, entre os ministros da Educação de países do bloco, a criação de um Fundo de Educação do Mercosul, com previsão de implantação em 2011, para diminuir as assimetrias entre os integrantes.

Haddad destacou o trabalho de intercâmbio docente que está sendo realizado para integrar a cultura na região, levando professores brasileiros que estão se formando em espanhol para países do Mercosul e trazendo docentes para o Brasil nos cursos de licenciatura ou letras.

“O Brasil vai custear o projeto piloto de 350 bolsas para que isso [o intercâmbio de professores entre os países do bloco] se desenvolva com mais força num futuro próximo. Eu entendo que esse intercâmbio vai fortalecer tanto os laços culturais que unem os países do Mercosul, como vai melhorar muito a capacidade de ensino desses professores. Assim como vai disseminar a língua portuguesa pelo continente”, afirmou o ministro.

Ele ressaltou, ainda, a importância de se estabelecer prioridades para saber o que é possível ser executado nos próximos cinco anos. E lembrou que a pauta de educação já é muito ampla somente no âmbito nacional. Segundo Haddad, o Brasil tem uma rede de 160 universidades, número suficiente para estabelecer o intercâmbio de professores.

“É a expansão da cidadania pelo mérito acadêmico, derrubando fronteiras pela educação. Os professores devem gozar dessas possibilidades”, concluiu.

Os ministros discutiram, na reunião, as políticas de intercâmbio regional para o período que vai de 2011 a 2015. O objetivo do encontro foi discutir um plano comum de desenvolvimento educacional para o bloco. Alguns deles observaram que é necessário desenvolver sistemas mais equitativos entre os países.

Foi feito um balanço sobre as ações dos últimos anos e o ministros destacaram a expansão no número de bibliotecas e das atividades com direitos humanos e educação ambiental. A interação com outros blocos e organismos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), além de um diálogo constante com a sociedade civil também foram discutidos.

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