domingo, 22 de maio de 2011

Reitora nega estupro em campus na Universidade Federal do Acre

G1

A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Olinda Batista Assmar, negou na noite desta sexta-feira (20) que tenha ocorrido o estupro de uma estudante de enfermagem no campus da Universidade Federal do Acre. O crime teria ocorrido na quinta-feira (19). Segundo Olinda, a própria universitária teria dito à coordenação do curso que foi assaltada e não foi vítima de agressão sexual.

“A subcoordenadora foi à casa da menina, porque o curso tem poucos alunos e ela conhece todos. A vítima e a mãe disseram que nada disso aconteceu, não houve estupro. Houve apenas um assalto e, como a estudante não tinha dinheiro, apenas o celular dela foi levado”, afirmou a reitora.

“A menina negou e a mãe da menina negou. Amanhã [sábado], eu devo ir à casa dela para conversarmos”, disse.

A jovem teria sido abordada em um ponto de ônibus dentro do campus por apenas um homem, que estaria armado, segundo a reitora. A estudante foi levada para uma área de mata dentro do campus, onde teria mostrado a bolsa para o assaltante. Após entregar o telefone, ela foi liberada.

“Ele falou para ela ir caminhando e não olhar para trás. E ela fez isso. Foi embora e entrou em um banheiro, onde tinha uma moça que cuida da limpeza e outros alunos. Alguém ligou para a família dela, que veio buscá-la”, afirmou a reitora.

A delegada Áurea Letícia Carneiro Ribeiro Dene, titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, afirmou que expediu uma ordem de missão policial para que os agentes tentassem localizar a suposta vítima. Por volta de 21h, a estudante ainda não havia sido localizada.

“Ela não registrou nenhuma ocorrência. E estupro é um crime condicionado à representação dela. Estupro, ameaça, calúnia, injúria e difamação, esses crimes necessitam que a pessoa queira que o inquérito policial seja instaurado”, afirmou a delegada, que explicou que é necessário o registro da ocorrência para que a investigação possa ter início. Pela manhã, a assessoria de imprensa da Polícia Civil do Acre disse ao G1 que um inquérito para apurar o caso havia sido aberto.

“Nós vamos tentar conversar com ela para saber o ocorrido, porque por enquanto só temos conjecturas de que ela teria sido estuprada ou que foi assaltada. Só ela vai poder falar o que ocorreu”, disse Áurea.

Segurança no campus
Durante a manhã desta sexta-feira (20), alunos fizeram uma manifestação contra a violência no campus. A reitora afirma que foram realizadas três reuniões para discutir o problema de segurança. Diariamente, sete mil pessoas circulam pelo campus.

“De qualquer maneira, houve mesmo um assalto e nós temos de intensificar o trabalho de vigilância interno. Vamos ter uma reunião com o pessoal da segurança amanhã [sábado], porque a universidade, de fato, tem o problema de segurança faz tempo. Temos poucas pessoas para um campus enorme, então é impossível darmos atenção. É um espaço público onde circula muita gente”, afirmou.

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