GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA
Senadores do PSDB ingressaram nesta quarta-feira com representação na Procuradoria Geral da República contra o ministro Fernando Haddad (Educação) por ter autorizado a pasta a distribuir livros didáticos com erros de concordância verbal e conotação política.
Os tucanos pedem que a procuradoria tome medidas judiciais e administrativas para recolher o material com os erros --determinando a sua imediata substituição.
A representação é assinada pelos senadores Álvaro Dias (PSDB-PR) e Cyro Miranda (PSDB-GO). Líder do PSDB no Senado, Dias afirmou que decidiu ingressar com o pedido de investigação contra Haddad depois que o ministro se recusou a participar de audiência na Casa na semana passada para discutir a questão dos livros.
Os tucanos também pedem que o procurador investigue livros didáticos sugeridos pelo Ministério da Educação que fazem críticas ao governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas elogios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"O que se fez no Ministério da Educação foi instalar um comitê eleitoral. São vários livros didáticos. Em todos eles há proselitismo político afrontoso à Constituição", afirmou Dias.
Na representação, os tucanos ainda pedem que a PGR adote medidas para assegurar a 'integridade intelectual' dos alunos que utilizaram os livros com as incorreções.
"Não bastassem as precárias condições em que se encontram grande parte das escolas públicas brasileiras, o MEC acrescenta novo obstáculo para a formação intelectual do estudante brasileiro ao aprovar material que incentiva o emprego de construções gramaticais impróprias", afirmam os senadores na representação.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
PSDB pede que livros com erros de gramática sejam recolhidos
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