terça-feira, 11 de outubro de 2011

MT- Fórum Paz na Escola esclarece diferenças entre conflito, agressividade e crime

O entendimento sobre as diferentes situações envolvendo conflito, agressividade, violência ou crime foi o foco das discussões do período da tarde do primeiro dia de atividades do Fórum Estadual de Educação “Paz na Escola”, que ocorre entre essa segunda e terça-feira (10 e 11.10), no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá.

Educadores, gestores escolares, representantes das Policias Militar e Judiciária Civil (PJC), Defensoria Pública, servidores dos Centros de Formação e Atualização de Professores (Cefrapos), de Secretarias de Estado, Assembleia Legislativa e demais entidades participam da etapa estadual do Fórum, com o intuito de elaborar políticas públicas efetivas de combate e prevenção a atos violentos nas unidades de ensino.

Em palestra com o tema “A violência no contexto escolar”, o gerente de Projetos Educativos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Allan Benitez ressaltou que, a partir da identificação dos profissionais da educação sobre qual problema enfrentado no ambiente escolar, é que se pode chegar às soluções necessárias. “Não podemos confundir conflito com crime, ou agressividade juvenil com violência. Só com esse entendimento podemos agir de forma eficaz”, destacou.

Allan Benitez citou que em casos de violência a comunidade escolar deve agir em parceria com os demais aparelhos do Estado como polícia e sistema de segurança pública. “Entre as propostas já apresentadas nos pré-fóruns, que foram etapas preliminares de discussões que realizamos com as escolas e parceiros, houve o indicativo de instalação de câmeras de monitoramento na parte externa das unidades”. Segundo ele, a medida contribuiria no combate a ocorrências como oferta de drogas e ações de gangues.

Em relação à prevenção, o gerente citou a necessidade de ampliação de programas já desenvolvidos pelo governo federal como Mais Educação e Escola Aberta, e pelo Estado como Escola que Protege, Rede Cidadã, entre outros. “Programas como o Mais Educação que trabalham com a idéia de formação integral dos alunos precisam ser ampliados e há indicativo nesse sentido. Essas ações já demonstraram que dão certo na prevenção”, disse.

PROPOSTA

Outra proposta que deve ser avaliada para aprovação dos participantes do Fórum está à elaboração de uma cartilha contendo informações básicas sobre as Secretarias de Estado envolvidas na prevenção de violência no ambiente escolar. O objetivo é facilitar o fluxo de informações das instituições parceiras. Além do documento a Policia Judiciária Civil (PJC) deverá apresentar a idéia de criação de um site, para interação com a juventude.

“A meta é criarmos uma rede digital em parceria com a Seduc para que os alunos possam trocar conosco informações sobre o ambiente escolar e possam nos dizer o que eles pensam sobre violência nas escolas e as ações que podemos tomar no combate e prevenção”, explicou o diretor Adjunto da PJC, Sebastião Finotto.

Para a professora formadora do Cefapro de Tangará da Serra, Salma Maria Martins, a realização do Fórum é fundamental para troca de experiências e construção coletiva visando o enfrentamento dos problemas existentes nas escolas. “O profissional da educação muitas vezes se sente impotente para lidar com as situações de violência nas unidades de ensino, porque não recebemos formação inicial adequada para lidar com isso. Nesse sentido esse trabalho do Fórum é importante”, disse.

Salma Martins também destacou a necessidade de ampliação de programas educativos. “O Mais Educação e o Escola Aberta precisam chegar a mais escolas”, defendeu.



VOLNEY ALBANO
Assessoria/Seduc-MT

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