sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Nossa identidade!

Os espaços que nos fazem seguir também nos mostram as riquezas de uma vida que ainda não somos capazes de sentir. Lamentamos por acharmos que somos injustiçados, por darmos valor ao que não tem esse direito. Estamos sempre acreditando que há algo de diferente a nos esperar! Com teimosia e muita dor seguimos por um caminho onde as injustiças se fazem maiores que a tudo que podemos absorver.

Essa é a forma moderna exposta nas grandes cidades e nas populações que se aglomeram diante de um paisagismo de concreto e edificações que sobem muito além do solo. Existe uma pressa que nos sequestra um olhar de admiração e respeito para com quem caminha ao nosso lado. Deixamos de amar para tão somente ficar por poucos instantes a buscar um carinho que não acontece. Nosso corpo e sentimentos desejam sentir o calor que não acontece, que não se implanta em lembranças que nos façam fortes as dores do que venha a acontecer na contrariedade em nosso dia a dia. Sem que nos demos conta: perdemos nossa identidade!

Olhamos apenas intervalos e deixamos de sorver o tudo que é direito de nossas vidas. Estamos nadando em um oceano de tormentas intermináveis e sentimos que o afogamento nos impede de sairmos dessas águas ruins! O sucesso (...) é uma doença que deve coexistir dentro de nós como sendo um objetivo maior que o bem que esteja na simplicidade de apenas desejar um dia inteiro de um bom sono.

Impedimo-nos de ser o que realmente somos para dar vida a um personagem que não nos ama, mas ama o dinheiro e as coisas materiais. Esquecemos de agradecer a Deus por todas as oportunidades que nos trouxeram a uma vida temporária que escorre por entre nossos dedos sem que sejamos capazes de dar um sentido ao nosso próprio eu. Quando alcançamos o tal sucesso passamos a menosprezar o ar que enche nossos pulmões. Expulsamos d e dentro de nós o gás carbônico através da arrogância que nos faz maiores que a qualquer um que esteja junto de nós.

É chegada à hora de mudarmos essa intransigência e aprendermos a sentir o humano que se perdeu entre os imensuráveis quilos de fumaça liberados pelos escapamentos de nossos carros. Cheiramos o mau ar nos egoísmos que nos dá um direito de exclusividade que não temos! Há uma igualdade de condições que está muito além de qualquer somatória financeira ou pontos de excelência que nos dê uma altura superior a qualquer dor.

Em nossa vida devemos encontrar uma simplicidade que nos torne parte atuante no direito em se fazer presente na construção do melhor que poderemos deixar. Esse deixar deve sugerir um respeito com a vida, com o amor e a sexualidade inerente em cada um de nós! Abolir um preconceito e modificar conceitos construídos por uma pressa que nos foi ensinada em uma época menos conformista. Cabe aceitarmos o prazer que não nos seja imposto por uma modernidade imediatista, pois satisfação só acontece quando dividimos etapas de cansaço, dedicação, amor companheirismo e sexo. Devemos sonhar sem darmos uma tônica agressiva que nos agrida. Sonhar é bom!

Faz-nos ir, nos faz aceitar que devemos superar nossos limites e, que podemos crer, na solidez de novos dias. Não se esqueça de manter sua identidade, seu lado humanitário e seus sentimentos, mesmo que muitos possam achar que seu sentir lhe faz ultrapassado.

Ultrapassado é uma palavra usada para definir um passado que não está tão distante! Distantes devem estar os assolados modos egoístas de um sucesso que deve ser buscado a qualquer preço. Veja ao seu redor o mundo que se faz junto ao seu caminhar. Implante seus desejos e verifique se sua identidade é realmente sua. Por vezes criamos identidades que são moduladas por exemplos que nem sempre nos faz bem! Seja o que deva ser, acompanhe seus momentos e conclua etapas que lhe sejam necessárias. Com o respeito ao seu tempo, ao seu descanso, ao seu corpo e a sua sensibilidade.

Seremos sempre imperfeitos, em alguns casos, inseguros e temerosos para com nosso futuro, mas o que devemos instituir é uma veracidade que não impeça que outros possam conhecer o que somente nós podemos sentir!

Sem uma identidade que nos dê sentido sentiremos medo de nos lançarmos em um voo que deva ser só nosso.

Eder Roberto Dias
ederoamorsemprevence@bol.com.br
Escritor, poeta, palestrante e autor do livro: O amor sempre vence... Editora Gente.

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