Pedro Antônio Bernardi
Liberdade e responsabilidade não são sinônimos, mas atitudes e posturas convergentes. Transar por transar transforma o ser humano descartável e consumível. Fazer sexo apenas por prazer pode destruir conteúdos essenciais, compromissos afetivos e sociais, sentimentos existenciais e a própria sensibilidade. Respeitadas as opções e o livre arbítrio, em se tratando de relação heterossexual, liberdade sexual não é só festa dos hormônios e da carne e, sim, essência do amor, declaração explícita do bem e do belo que fazem entre si o homem e a mulher.
De forma acelerada, nos quadrantes da terra aumenta o universo de pessoas interesseiras, descartáveis, desonestas, enganadoras, maldosas e mentirosas. Consequência disso: parte da humanidade caminha para a vulgarização e animalização. Outra parte, entra em colapso e depressão, foge e se isola, busca compensação com outros prazeres às vezes piores, como drogas, bebidas e violência.
Ninguém é contra a liberdade sexual, mas multidões estão se destruindo por falta de responsabilidade sexual. Daí, crianças são abortadas, abandonadas e desprezadas. Cada dia, mais gente de todas as idades é contaminada por doenças que podem levar ao óbito, como a Aids. Pessoas adoecem por absoluta ignorância e falta de responsabilidade. Iguais turbulências são as guerras, o ódio e a corrupção que empobrecem todo o mundo, não apenas quem é afetado diretamente.
Há consenso de que poucos são plenamente felizes sem família e amigos leais, disponíveis e presentes, não só nas festas. Lar e amigos oferecem segurança, tranqüilidade, convivência, espaço para crescimento e realização pessoal e comunitária. Família bem constituída e amigos fiéis são garantia de paz, harmonia, ordem e progresso social e universal.
A união de um homem com uma mulher se pereniza se um aceitar e acolher a herança, potencializar qualidades e corrigir limitações do outro. Estes são os segredos que alimentam a fraternidade, a prosperidade e a felicidade dos seres superiores. As raízes da liberdade sexual são o amor, a moral, o respeito e a afetividade. Quando faltam planejamento e responsabilidade, a liberdade enferruja sentimentos, inteligência, coração e a própria alma.
Qualquer ato que prejudica o relacionamento afetivo e amoroso neutraliza parcial ou totalmente coisas positivas. Progressivamente, isso deprime, cria núcleos de insatisfação e sufoca a liberdade. A irresponsabilidade sexual é uma das principais causas da insegurança social e das anormalidades presenciadas no país e fora dele diariamente.
Por meio da família, escola, hospitais, instituições filantrópicas, Estado, Igreja e veículos de comunicação, o Brasil precisa urgentemente priorizar, proclamar, fazer circular e injetar nos hormônios e neurônios dos cidadãos dez valores vitais: liberdade, responsabilidade, temores, senso crítico, educação integral, saúde, respeito, cidadania, fé e felicidade.
Pedro Antônio Bernardipedro.professor@gmail.comJornalista, economista e professor.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário