A Educação indígena em Mato Grosso festeja a data de 19 de abril comemorando as conquistas obtidas a partir da mudança de foco na aprendizagem. “Hoje o Estado procura pensar a Educação Escolar Indígena "com" os índios e não "para" os indígenas.
Em 2011 foram implantada 70 Unidades Escolares Indígenas com várias salas anexas no Estado, Em Mato Grosso há contactados 43 povos indígenas com cosmologia, línguas e costumes distintos entre si”, como esclarece o coordenador de Educação Indígena da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), Félix Rondon Adugoenau.
Monitorados e orientados pelos anseios dos povos, a Seduc fez nos últimos quatro anos investimentos significativos na formação de professores indígenas e construção de escolas nas aldeias. Ao todo 68 novos prédios serão construídos.
Em 2010, cerca de 280 professores indígenas participaram do projeto Haiyô, voltado para o magistério intercultural. Em parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) investiu-se na especialização dos índios com cursos superior, cerca de 50 participaram de cursos de especialização realizados pela parceria Unemat/Seduc-MT.
As escolas das aldeias recebem estudantes do 1º ano do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. “As crianças são alfabetizadas em língua materna e só no 2º ciclo é que vem aprender a língua portuguesa e introduzida no cotidiano das salas de aula”, relata a técnica da Educação indígena da Seduc, professora Letícia Antônia de Queiroz.
Conforme Letícia a prática tem como meta fortalecer a cultura materna e priorizar a especificidade. Atualmente, por desejo das comunidades, as escolas nas aldeias são gerenciadas pelos indígenas. Hoje além do gerenciamento das escolas, a formação de professores por meio do Cefapro e, as políticas pedagógicas, todas são trabalhadas coletivamente entre os indígenas e os não índios.
Para avançar nas reivindicações e conquistas Estado e Municípios, com o apoio de representantes de diferentes segmentos indígenas, definiram os territórios Etnoeducacional. Neles atuam em regime de colaboração, Estado e Município para garantir avanços na política educacional indígena.
Para este ano de 2011, dois pontos são destacados pela equipe de Educação Indígena da Seduc-MT. O primeiro deles é a criação das Orientações Curriculares Indígenas, fundamentada na matriz curricular onde apresenta a disciplina de “ciência dos saberes indígenas”. E o outro é a formação de professores do magistério indígena, na Escola Estadual Indígena Tap’itawa, do povo Tapirapé, em Confresa.
ROSELI RIECHELMANN
Assessoria/Seduc-MT
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Seduc/MT Educação Indígena comemora conquistas
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