sábado, 23 de abril de 2011

MT- Escola Maria Dimpina/Cuiabá volta a funcionar

Educação Após reforma de anos, aulas começam no Maria Dimpina


Reportagem de Gabriela

Um verdadeiro mutirão foi realizado na tarde desta quarta (20), entre Secretaria Municipal de Educação (SME), Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Mato Grosso (Crea/MT) e Ministério Público Estadual (MPE), com um único objetivo: entrar em consenso para que as aulas da escola Municipal Maria Dimpina Lobo Duarte , comecem, após anos de reforma, na próxima segunda (25).

A primeira vistoria realizada a pedido do MPE junto ao Crea foi em novembro de 2010 quando foram encontradas diversas irregularidades, principalmente referentes a acessibilidade, já que a instituição possui 17 alunos deficientes. Mas o problema se arrasta, desde 2005, quando o então prefeito Wilson Santos (PSDB) anunciou a obra de melhoria na infraestrutura da escola. Na época, a promessa foi de quadra poliesportiva, cobertura e salas de aula climatizadas. “Eu não sabia que numa área tão privilegiada como essa tinha uma localização tão estratégica e uma escola com tão precárias condições. Hoje, não se admite mais uma cobertura com telhas como estas de Eternit. Uma área enorme de 7 mil metros quadrados. Vou fazer um compromisso com vocês. A Maria Dimpina será a mais bonita escola de Cuiabá. Vocês vão aprender que às vezes é mais difícil remendar uma calça, consertar o que já nasceu errar do que começar tudo da estaca zero”, disse o tucano aos alunos, professores e funcionários da escola.

Desde então começou o martírio dos pais, responsáveis e professores. Da promessa restaram os problemas. Como é impossível conciliar obra e alunos juntos foi alugado um imóvel, onde funcionava uma escola particular, com custo de aluguel de mais de R$ 10 mil. Como o problema se arrasta há quase dois anos, o secretário Permínio Pinto Filho, argumentou que a situação dos alunos no prédio alugado está insustentável. “Precisamos mudar o quanto antes”, disse.

Durante a inspeção, o engenheiro do Crea, Gilvado Dias Campos, verificou os detalhes que não foram cumpridos como guarda corpo, telefone para deficiente auditivo, banheiro sem barras principalmente para cadeirantes, portas, bebedouros, carteiras para obesos, dentre outros.

“Pessoalmente avalio que não começassem as aulas na segunda (25), mas a decisão final é do promotor do MPE. Porém, friso que os detalhes podem ser feitos em horários alternativos que não prejudique os alunos em sala de aula. O princípio de acessibilidade que é autonomia e segurança não está sendo cumprido”, justifica.

O promotor Miguel Slhessarenko, disse que, na próxima semana, será reformulado um Termo de Aditamento, com prazo de 30 dias para serem sanadas as observações feita pelo Crea. Ele informou que está satisfeito, mesmo que incompletas as solicitações apontadas em novembro. O promotor comenta que é apenas o primeiro passo e que a meta é fazer o mesmo trabalho em todas as escolas da rede municipal, onde estão matriculados cerca de 700 alunos deficientes.

Da redação Maricelle Lima

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