terça-feira, 19 de abril de 2011

Programa consegue reduzir falta de professores por problemas de voz

O programa Saúde Vocal, da prefeitura de Curitiba, conseguiu diminuir a menos de 1% a falta de professores às salas de aula depois do início das atvidades, em 1997. O número foi apresentado ontem, durante solenidade realizada no Salão de Atos do Parque Barigüi, em Curitiba.

Desde que foi criado, o programa registrou 28 mil atendimentos. A redução, que ocasionava afastamento definitivo do trabalho de profissionais da educação por problemas na voz, foi considerado “muito importante” pela secretário municipal de Educação, Liliane Sabbag.

"Ações como esta são fundamentais para a qualidade de vida do servidor da educação", disse Liliane. "Sabemos o quanto a voz é importante como instrumento para se transmitir ideias e conteúdos em sala de aula e realizar um trabalho de qualidade com nossas crianças e adolescentes".
Neste ano, todos os equipamentos da Secretaria Municipal da Educação serão avaliados e terão mapas de risco e os profissionais da Prefeitura terão o exame médico periódico atualizado.

O encontro reuniu pedagogas das creches e escolas municipais, o diretor do Departamento de Saúde Ocupacional da secretaria de Recursos Humanos, Paulo Sérgio de Albuquerque Coelho, e o chefe do Núcleo de Recursos Humanos da Educação, Reginaldo Luiz Barbosa. Os participantes assistiram à palestra do fonoaudiólogo Francisco Pletsch, especialista em voz.

A secretária de Recursos Humanos ressaltou que o programa oferece ações de prevenção, reeducação, tratamento e recuperação das patologias vocais de professores, educadores e telefonistas. "Por isso é um sucesso, pensamos no começo, meio e fim para garantir mais qualidade de vida ao servidor", disse Maria do Carmo.

Mais saúde - O programa Saúde Vocal é desenvolvido pelas secretarias municipais da Educação e de Recursos Humanos em parceria com o Instituto Curitiba Saúde e dedicado especialmente a funcionários públicos municipais cuja voz é o principal instrumento de trabalho, como os professores e educadores, telefonistas.

O programa utiliza aparelhos de audiometria e faz avaliações, abordagens médicas, exames, tratamentos em fonoaudiologia e otorrinolaringologia. Também identifica pacientes com alterações emocionais que possam provocar distúrbios vocais.

Os principais sintomas do paciente com problemas são falhas na voz no fim do dia ou da semana, cansaço e esforço ao falar, rouquidão, pigarro, voz mais grave e perda nos tons agudos (dificuldade em cantar), ardência ou secura na garganta, dor ao falar, sensação de garganta raspando, falta de volume e projeção e pouca resistência ao falar.

Continuar a forçar a voz pode provocar afonia (perda da voz) e obrigar o profissional a encerrar a carreira, por isso é importante ficar atento e procurar tratamento, que inclui sessões de fonoterapia e exames como laringoscopia e audiometria.

A cada dois anos, o profissional repete todos os exames e, se constatado algum problema, volta para o programa.

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