Francieli Silva da Costa
Devemos considerar que a Gestão Ambiental, para uma sustentabilidade efetiva, necessita de um processo contínuo de aprendizagem, baseado no respeito de todas as formas de vida, afirmando valores e muitas ações que contribuem para a formação social do ser humano e a preservação do meio ambiente.
Nesse processo, observa-se que há necessidade de uma ação pedagógica direcionada de forma a integrar a totalidade do educando, buscando transformá-lo e, consequentemente, transformar o meio.
Segundo Coll (1998), a preocupação atual com os conteúdos rompe com o caráter monolítico das concepções anteriores, tradicional ou cognitivista. Na concepção tradicional, a transmissão dos conteúdos e o acúmulo de conhecimento se mantinham no centro do debate educativo e tinham um papel decisivo nas orientações. Posteriormente, a importância dos conteúdos foi minimizada por uma concepção de educação associada a uma visão cognitivista e construtivista da aprendizagem. As propostas curriculares centradas nessa concepção atribuíam ao aluno um papel decisivo na aprendizagem e valorizavam a criatividade e a descoberta. Atualmente, as concepções que aparecem nas propostas curriculares defendem que os conteúdos possuem um papel decisivo na educação escolar. Ao tratar a escola como um dos ambientes mais imediatos do aluno, considera-se que a compreensão das questões ambientais e das atitudes em relação a elas se darão a partir do próprio cotidiano da convivência do aluno na escola.
Dessa forma, a escola pode estabelecer tais vínculos através de ações e propostas pedagógicas numa perspectiva interdisciplinar, ou seja, criando possibilidades para o desenvolvimento da educação ambiental como um todo, e também, contornando dificuldades que se encontram na aplicação das propostas estabelecidas em projetos pedagógicos nos diferentes contextos escolares como orientador de uma prática que, segundo os parâmetros curriculares nacionais, reflita que mais do que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e a aprendizagem de habilidades e procedimentos.
A necessidade de uma educação que tenha como finalidade a formação de cidadãos ambientalmente cultos, intervenientes e preocupados com a defesa e melhoria da qualidade do ambiente natural e humano, reúne um largo consenso, tanto em nível internacional, como em nosso país, devendo constituir uma preocupação de caráter geral e permanente na implementação do processo de educação, pressupondo uma clara definição de intenções educativas, e atividades de ensino-aprendizagem.
Para falarmos em gestão ambiental precisaremos rever nossos conceitos e atitudes radicalmente modificados, onde o ser humano muda o seu papel se colocando como dependente do meio ambiente e não mais como seu dono.
Conforme Guimarães (2000, p.15) a gestão ambiental tem o importante papel de fomentar a integração do ser humano com o meio ambiente. Uma relação harmoniosa, possibilitando a inserção do educando e do educador como cidadãos no processo de transformação do atual quadro ambiental do nosso planeta.
Portanto a responsabilidade dos problemas ambientais é de todos nós, precisamos estabelecer a consolidação da consciência ambiental, contribuindo para a diminuição dos inúmeros problemas que a ignorância sobre as consequências dos nossos atos de hoje podem causar ao planeta em um futuro bem próximo.
Referências:
- COLL, Cezar. Os conteúdos na reforma, ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. 1.ed. Porto Alegre: Artes Médicas,1998.
- BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente, saúde. Brasília: MEC,1997.
- GUIMARÃES, Mauro. A dimensão da Educação Ambiental na Educação. Rio de Janeiro: Papirus, 2000.
Fonte:Jornal Mundo Jovem
Francieli Silva da Costa,
Graduada em Ciências Contábeis pelo IESA-Santo Ângelo/RS.
domingo, 17 de abril de 2011
Gestão Ambiental na Vida Escolar
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