terça-feira, 19 de abril de 2011

O fácil, o difícil e o ideal

Rosinei Barros

Como é fácil largar o verbo e criticar ações ou gestos alheios, como é fácil achar erros e defeitos noutros, como é fácil dizer que não é problema nosso, como é fácil culpar os políticos, ver os motivos das injustiças na própria justiça, analisar a violência e pensar que a culpa é da sociedade.

Como é fácil falar dos problemas, como é fácil dizer "Deus me ajude!, Deus queira!, se Deus quiser!", como é fácil pensar que somos melhores que outros, mais fácil ainda olhar várias deficiências nas posturas das outras pessoas e pensar que não as temos, enfim muita coisa é fácil para nós...

Mas... como é difícil criticar nossas próprias ações e nossos gestos, como é difícil ver nossos erros e defeitos, como é difícil admitirmos que muitas vezes é problema nosso, como é difícil reconhecer os raros bons políticos e confiar na justiça, olhar a violência e decidir ajudar para que ela diminua. Como é difícil resolver problemas, ter a coragem de enfrentá-los, como é difícil ser digno de falar verdadeiramente "Obrigado Deus". Como é difícil ser simplesmente humano e reconhecer que somos iguais perante a natureza, enfim como é difícil muitas coisas...

Então... que tal experimentarmos como é bom rever nossos atos e gestos, como é gostoso enxergarmos que somos aquilo que exemplificamos, como faz bem ajudarmos as pessoas sem querer nada em troca e sem aparecer para que digam "como somos bons". Como é certo escolher bem, como é sadio envolver-se com a comunidade para resolver situações que ajudem a todos, como é bonito distribuirmos qualquer coisa que pudermos para que outros se sintam bem, um sorriso, um abraço, um bom dia! Como é sábio sermos úteis e que por mais problemas que tenhamos, ainda assim saber, que tem gente pior, e que tudo vai ficar bem. Como é lindo tentar ao menos ser uma pessoa ideal e fazer o bem, como é agradável amarmos e respeitarmos a Deus sem vivermos escravizados, como é sensato sabermos que somos matéria, portanto sujeita a defeitos, como dá gosto reconhecer nossos erros e pedir desculpas, enfim como é natural sermos pessoas que nascem, vivem e morrem, exatamente como outro ser vivo qualquer...

Fonte:Jornal Mundo Jovem

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